Matéria da revista The Economist mostra como os carros elétricos chineses combinam alta tecnologia e preços imbatíveis, superando marcas ocidentais
O principal atrativo de um veículo elétrico (EV) chinês para compradores estrangeiros é evidente: alta qualidade a preços que os fabricantes ocidentais não conseguem igualar (mesmo considerando tarifas de importação sobre veículos chineses). Mas os EVs chineses não oferecem apenas preços mais baixos. Eles também apresentam recursos mais impressionantes. O design e a tecnologia de seus modelos de 2025 mostram para onde os carros, como um todo, podem estar se direcionando.
Alguns veículos fabricados pela BYD, por exemplo, possuem telas sensíveis ao toque rotativas no centro do painel, que podem girar entre os modos paisagem e retrato.
O Atto-3, um EV médio e peculiar, tem cordas semelhantes a de guitarras em seus painéis de porta e um seletor de marchas aparentemente inspirado em uma nave espacial.
Já o luxuoso SUV Yangwang U8 pode fazer um “giro em tanque” no local, girando as rodas em direções opostas, e possui um modo “flutuante” que permite dirigir sobre a água em emergências.
Se isso parecer exagerado, admire o interior minimalista do Jiyue 01, uma colaboração entre a Baidu, gigante da tecnologia chinesa, e a Geely Auto. Além de uma tela sensível ao toque, seus únicos controles são dois pedais (freio e acelerador) e dois botões localizados no volante tipo manche.
Seu sistema de direção autônoma lida admiravelmente bem com as ruas lotadas e o trânsito imprevisível de Pequim.
Além disso, o carro de US$ 30.000 também funciona como um grande sistema de videogame. Basta estacionar, e o volante pode ser usado para controlar um carro virtual em um jogo na tela.
O SU7 Max, um novo EV da Xiaomi, mais conhecida como fabricante de smartphones e eletrodomésticos, acelera como um supercarro (0 a 100 km/h em 2,8 segundos) e tem uma autonomia de bateria de 800 km. Ele também permite o controle remoto, enquanto na estrada, de dispositivos Xiaomi na casa do motorista.
Os compradores chineses de carros novos, cuja idade média é de cerca de 35 anos (cerca de 20 anos mais jovens que na Europa), são adeptos de tecnologia e esperam que os veículos sejam repletos de recursos inovadores. As empresas chinesas estão atendendo a essas expectativas. Os fabricantes ocidentais podem não conseguir alcançá-los.
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