Em uma ação coordenada nesta terça-feira, a Polícia Federal, em conjunto com o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado do Ministério Público de São Paulo e a Corregedoria da Polícia Civil, desmantelou uma rede de policiais suspeitos de colaborar com a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).
A Justiça autorizou prisões temporárias, buscas e apreensões, bloqueios de contas bancárias e sequestro de bens dos envolvidos, marcando um avanço significativo nas investigações sobre corrupção e crime organizado no estado.
O escândalo veio à tona após o assassinato de Vinícius Gritzbach, delator executado em 8 de novembro no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos. Imagens de câmeras de segurança contribuíram para esclarecer o crime e expuseram uma complexa teia de corrupção que envolve policiais e membros da cúpula do PCC.
Investigações indicam que a organização criminosa se beneficiava da rede de policiais corruptos para obter informações privilegiadas, manipular investigações e receber proteção em troca de subornos. Esse esquema permitiu ao PCC lavar dinheiro de forma extensiva, movimentando mais de R$ 100 milhões desde 2018.
A operação, denominada Tacitus, uma referência ao modo de operação discreto dos envolvidos, resultou na expedição de oito mandados de prisão e 13 de busca e apreensão em São Paulo, Bragança Paulista, Igaratá e Ubatuba.
Cerca de 130 agentes foram mobilizados na operação, que visa coletar mais provas e desarticular completamente a rede de corrupção.
Os suspeitos enfrentam acusações de organização criminosa, corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro, com penas que podem chegar a mais de 30 anos de prisão.
A operação Tacitus representa um esforço significativo das autoridades em combater a corrupção dentro das forças de segurança e enfraquecer as operações do crime organizado no Brasil.
Com informações do G1
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