O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta quinta-feira os resultados preliminares do Censo Demográfico 2022, revelando um aumento significativo na proporção de brasileiros morando de aluguel.
Segundo o relatório Censo Demográfico 2022: Características dos Domicílios – Resultados preliminares da amostra, 20,9% da população reside atualmente em imóveis alugados, o maior índice registrado desde 1980.
Em comparação ao último Censo de 2010, onde 16,4% da população vivia em domicílios alugados, o número absoluto de pessoas nesta condição saltou de 31.154.956 para 42.167.279 em 2022, um aumento de 35%. Isso reflete uma expansão de 56% no número de residências alugadas desde 2010, atingindo um total de 16.111.359.
Por outro lado, a pesquisa mostrou uma queda na parcela da população que vive em apartamentos próprios, de 75,2% em 2010 para 72,7% em 2022, a mais baixa desde o Censo de 1991.
Apesar disso, o número de domicílios próprios ainda apresentou crescimento, com um aumento de 22,5% desde 2010, alcançando 51.629.092.
O estudo também investigou a composição dos domicílios e descobriu que lares com crianças têm maior tendência a serem alugados.
Entre os domicílios unipessoais, 27,8% eram alugados, enquanto aqueles com pelo menos uma criança de 0 a 14 anos apresentavam uma proporção de 35,8% de residências alugadas.
Além disso, a pesquisa examinou a relação entre a posse de domicílio e características como raça e idade. Foi observado que 63,3% da população branca morava em domicílio próprio, comparável aos 62,7% da população preta e 66,5% da amarela.
Entre os idosos de 70 anos ou mais, 84,4% residiam em domicílios próprios, destacando uma tendência de maior propriedade à medida que a idade avança.
Os resultados do Censo são baseados em entrevistas presenciais com 8.598 eleitores realizadas entre 4 e 9 de dezembro, com uma margem de erro de um ponto percentual.
Kleiton
12/12/2024 - 11h51
É o “sucesso” das que chamam de “políticas habitacionais”.