A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, anunciou nesta sexta-feira que as negociações para um acordo de livre comércio entre a União Europeia (UE) e o Mercosul foram concluídas com sucesso.
O acordo estabelece uma das maiores zonas de livre comércio do mundo, envolvendo mais de 700 milhões de pessoas e um Produto Interno Bruto (PIB) combinado superior a US$22 trilhões, segundo informa O Globo.
Ursula von der Leyen destacou o esforço contínuo dos negociadores ao longo dos anos para alcançar um pacto que considera ambicioso e equilibrado.
“O laço entre a Europa e os países do Mercosul é realmente um dos mais fortes do mundo, ancorado na confiança e enriquecido por uma herança compartilhada de séculos”, disse ela.
A presidente complementou que o acordo transcende a esfera econômica, ressaltando sua importância política e o envio de uma mensagem clara ao mundo sobre a nova aliança.
O tratado é visto como uma vitória significativa para a diplomacia brasileira, oferecendo a possibilidade de fortalecer as relações comerciais e atrair investimentos para o Brasil e os demais países do Mercosul.
Está prevista a criação de oportunidades comerciais e de investimentos que respeitem a implementação de políticas públicas essenciais nas áreas de saúde, desenvolvimento industrial e inovação.
As negociações, que culminaram com o anúncio de hoje, foram retomadas em 2023 sob a coordenação do Brasil. Nos últimos dois anos, foram realizadas sete rodadas de negociações presenciais entre os dois blocos em Brasília, marcando um esforço bilateral intenso para alcançar o acordo.
O governo brasileiro garantiu que o acordo preserva espaço para políticas públicas, incluindo compras governamentais, comércio no setor automotivo e exportação de minerais críticos.
Além disso, o pacto oferece mecanismos para mitigar impactos negativos de medidas unilaterais que possam afetar as exportações do Mercosul.
Também foram estabelecidos compromissos em desenvolvimento sustentável, com uma abordagem colaborativa e equilibrada, reconhecendo que os desafios nesta área são comuns e exigem cooperação.
Fanta
06/12/2024 - 13h17
E’ somente um acordo politico…ainda vai passar muita agua de baixo das pontes.
bandoleiro
06/12/2024 - 13h08
Digam adeus as materias primas brasileiras.