Mourão desdenha plano de golpe revelado pela PF, chama conspiração de “fanfarronada” e nega viabilidade sem apoio das Forças Armadas
O senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS), ex-vice-presidente durante o governo Jair Bolsonaro (PL), minimizou o plano descoberto pela Polícia Federal que incluía ameaças ao presidente Lula (PT), ao vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e ao ministro Alexandre de Moraes. Mourão descreveu a operação como “sem pé nem cabeça” e negou a existência de uma tentativa real de golpe.
As declarações foram feitas em seu podcast, “Bom dia com Mourão”, publicado nesta sexta-feira (22), marcando sua primeira manifestação pública após a divulgação dos detalhes do inquérito da Polícia Federal.
Nós temos um grupo de militares, pequeno, a maioria militares da reserva, que em tese montaram um plano sem pé nem cabeça. Não consigo nem imaginar como uma tentativa de golpe. É importante que as pessoas compreendam que tentativa de golpe tem que ter o apoio expressivo das Forças Armadas”, afirmou.
Desde as primeiras denúncias sobre grupos que planejavam manter Bolsonaro no poder mesmo após a derrota eleitoral, Mourão tem buscado deslegitimar as acusações. Ele aponta que as iniciativas eram inviáveis devido à falta de apoio militar.
Um exemplo citado é a minuta que sugeria mudanças no resultado das eleições, algo que o senador também considera irreal.
Sobre o inquérito da PF, Mourão classificou o plano como “fanfarronada” e destacou que “não houve o deslocamento de tropa”.
Ele reforçou que as ações planejadas contra Lula, Alckmin e Moraes não possuíam viabilidade prática e eram “sem pé nem cabeça”.
Apesar disso, a investigação aponta que militares do Exército, com treinamento em forças especiais, chegaram a se mobilizar em dezembro de 2022 nos arredores de locais frequentados por Alexandre de Moraes.
A operação, que incluía possibilidades de prisão, sequestro ou até assassinato do ministro, acabou sendo abortada.
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