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Do G20 ao Cinturão e Rota: Brasil e China inauguram nova era de alianças

Brasil e China selam parceria histórica para um futuro sustentável, liderando o Sul Global rumo à justiça e ao desenvolvimento! A visita do presidente chinês Xi Jinping à América Latina não apenas inaugura um novo capítulo nas relações da China com o continente, mas também destaca o compromisso chinês em promover a cooperação e amplificar […]

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Xi também disse que a China sempre será um membro do Sul Global / Foto: Xinhua

Brasil e China selam parceria histórica para um futuro sustentável, liderando o Sul Global rumo à justiça e ao desenvolvimento!


A visita do presidente chinês Xi Jinping à América Latina não apenas inaugura um novo capítulo nas relações da China com o continente, mas também destaca o compromisso chinês em promover a cooperação e amplificar a voz das nações do Sul Global, afirmaram especialistas.

Xi deixou Brasília na última quinta-feira após participar da 19ª Cúpula de Líderes do G20 e realizar uma visita de Estado ao Brasil. Altos funcionários brasileiros acompanharam sua despedida no aeroporto.

No trajeto até o aeroporto, representantes da comunidade chinesa, instituições e estudantes acenaram com bandeiras da China e do Brasil em ambos os lados da estrada, celebrando o sucesso da visita de Xi.

Durante sua estadia, o presidente Xi e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciaram a elevação das relações China-Brasil, comprometendo-se a construir uma “comunidade com futuro compartilhado”, baseada em um mundo mais justo e sustentável. Também concordaram em alinhar a Iniciativa do Cinturão e Rota às estratégias de desenvolvimento do Brasil.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Lin Jian, destacou na quinta-feira que os dois líderes fizeram um balanço das relações sino-brasileiras ao longo de cinco décadas, concordando que estas atravessam seu melhor momento histórico. Além disso, reafirmaram seu caráter estratégico e de longo prazo, representando um exemplo de progresso mútuo e cooperação entre grandes países em desenvolvimento.

Segundo Lin, a elevação das relações bilaterais e a sinergia estratégica permitirão aos dois países consolidar conquistas passadas, iniciar os próximos “50 anos dourados” e servir como modelo para nações do Sul Global que buscam unidade e maior representatividade na governança global.

Xi Jinping também destacou que 2025 marcará o 10º aniversário do Fórum China-CELAC e expressou a disposição da China em trabalhar com o Brasil e outros países da América Latina para elevar a cooperação a novos níveis.

Especialistas chineses afirmaram que a viagem de Xi à América Latina reflete o compromisso da China em promover o desenvolvimento e a colaboração no Sul Global. Eles ressaltaram que a China está se posicionando como um ator central na promoção da paz, segurança e desenvolvimento global.

Em discurso escrito para a Cúpula de CEOs da APEC 2024, Xi enfatizou que os princípios de “planejar juntos, construir juntos e beneficiar juntos” devem prevalecer, com a ampliação da voz do Sul Global e a garantia de direitos iguais, oportunidades e regras justas para todos os países na cooperação econômica internacional.

Na Sessão I da 19ª Cúpula do G20, Xi defendeu uma maior integração entre países em desenvolvimento, destacando a importância de construir um ambiente global aberto, inclusivo e não discriminatório para a cooperação econômica. Ele ressaltou a necessidade de apoio ao desenvolvimento digital, inteligente e verde para reduzir a lacuna entre o Norte e o Sul.

Yang Xiyu, pesquisador sênior do Instituto Chinês de Estudos Internacionais, observou que a parceria sino-latino-americana representa um modelo de desenvolvimento autônomo e recíproco, contrastando com a dependência de potências ocidentais. Essa colaboração inspira outros países do Sul Global a buscar relações horizontais mutuamente benéficas e reforça a transição para uma nova ordem multipolar.

Além disso, Ronnie Lins, economista brasileiro e diretor do Centro de Pesquisa e Negócios China-Brasil, destacou que o fortalecimento dos laços econômicos, culturais e tecnológicos entre a China e a América Latina tem potencial para formar um bloco mais coeso, capaz de enfrentar desafios globais como desigualdade, sustentabilidade e inovação.

A diplomacia chinesa também busca estabilizar relações com grandes potências, como Estados Unidos, Rússia e Europa. Essas interações não só afetam relações bilaterais, mas também têm implicações diretas para a estabilidade internacional, reforçando o compromisso da China com a promoção da paz e do desenvolvimento globais.

Sob a liderança de Xi Jinping, a China está promovendo uma diplomacia de vizinhança baseada em amizade, benefício mútuo e inclusão, criando um ambiente diplomático pacífico e estável. De acordo com Xu Bu, presidente do Instituto de Desenvolvimento Internacional e Estudos de Segurança da Universidade de Jiangsu, essas ações estão traçando um caminho para o fortalecimento da cooperação regional e global.

Ao priorizar a revitalização conjunta com o Sul Global, fortalecer os laços com seus vizinhos e estabilizar as relações com grandes potências, a China está consolidando sua posição como um ator-chave no cenário internacional, escrevendo um novo capítulo em sua diplomacia com características chinesas.

Com informações do Global Times*

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