As políticas protecionistas anunciadas pelo presidente eleito dos EUA, Donald Trump, podem favorecer o Brasil, criando novas oportunidades no mercado internacional. Essa é a avaliação do ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, segundo declarações à Folha de S.Paulo.
De acordo com Fávaro, o endurecimento de Trump contra empresas estrangeiras pode impulsionar o Brasil a fortalecer suas relações com a China e outros parceiros do Sul Global. “Quanto mais ele exagerar, mais oportunidades vejo para o Brasil”, afirmou o ministro, destacando que o país está vivendo uma fase de “reconexão com o mundo”.
O ministro enfatizou que o Brasil já conta com um sistema robusto de cooperação com os BRICS e o Sul Global, mencionando parceiros como Índia e China. “Se Trump endurecer, temos consumo, dinheiro, produtos, e oferecemos paz e segurança na entrega”, disse ele.
Oportunidade com a China
Fávaro destacou que uma possível escalada de tensões entre os EUA e a China pode beneficiar o Brasil. “Se Trump brigar com a China, nós vamos aproveitar”, afirmou o ministro.
O fortalecimento da cooperação entre a China e os países do Sul Global é uma oportunidade para minimizar os impactos da “guerra comercial” promovida pelos EUA e aliados ocidentais contra o gigante asiático. A China, voltando seu foco para os mercados latino-americanos, já tem o Brasil como principal fornecedor de milho, superando os Estados Unidos. Além disso, o Brasil lidera as exportações de algodão para o mercado chinês.
Fávaro acredita que a parceria entre Brasil e China, membros dos BRICS, tem grande potencial de expansão. Ele ressaltou que as tarifas que Trump poderá impor podem gerar ainda mais oportunidades para aprofundar a relação comercial entre os dois países. “Temos muito espaço para crescer juntos”, concluiu o ministro.
Com informações da RT Brasil.
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