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Gleisi diz que Haddad não consultou o PT sobre corte de gastos

Durante entrevista ao Fórum Onze e Meia nesta segunda-feira, Gleisi Hoffmann, presidente nacional do PT e deputada pelo Paraná, ressaltou a importância de discutir as propostas orçamentárias internamente antes de tomar decisões que possam prejudicar os cidadãos. Hoffmann destacou que, apesar de o debate estar em curso entre a bancada do PT e representantes do […]

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Durante entrevista ao Fórum Onze e Meia nesta segunda-feira, Gleisi Hoffmann, presidente nacional do PT e deputada pelo Paraná, ressaltou a importância de discutir as propostas orçamentárias internamente antes de tomar decisões que possam prejudicar os cidadãos.

Hoffmann destacou que, apesar de o debate estar em curso entre a bancada do PT e representantes do mercado e da mídia, não houve diálogo direto com Fernando Haddad, o ministro da Fazenda, que tem coordenado as discussões sobre o tema diretamente com o presidente Lula.

Ela expressou descontentamento pela falta de comunicação por parte de Haddad e espera que o PT seja incluído nas discussões sobre as propostas fiscais.

“Não tenho conversado com o ministro Haddad. Ele não procurou o PT para expor suas propostas. Pelo que vi está discutindo isso no âmbito do governo”, afirmou.

“De fato a gente não tem conversado, nem com o PT, nem com a bancada. Espero que ele chame a gente para avaliar as propostas e ajudar no que for possível”, emendou.

Ela comentou que, embora o partido não tenha sido consultado diretamente, existe um diálogo mais amplo e contínuo no governo atual, e Lula tem desempenhado um papel ativo nas discussões.

Gleisi Hoffmann também ressaltou os avanços econômicos sob o governo Lula, citando o aumento do Produto Interno Bruto (PIB) e a redução da inflação e do desemprego, contrariando as previsões negativas do mercado financeiro antes da posse do presidente.

“Antes do presidente assumir, diziam que haveria uma tragédia na economia. E não foi o que nós vimos. Muito pelo contrário. Nós tivemos o PIB subindo 2,9% no ano passado e esse ano deve subir mais de 3%. A inflação ficou controlada. A gente está vencendo o desemprego. A renda da população aumentou. Tudo contra aquilo que o mercado dizia que iria acontecer”, destaca.

Ela criticou a insistência do mercado por um ajuste fiscal agressivo, apontando que o país não enfrenta uma crise fiscal e que as finanças públicas estão sob controle.

“Ora, cortar aposentadoria, reduzir o aumento do salário mínimo, desvincular de benefícios e aposentadoria é um absurdo. Porque isso? Nós não estamos com descontrole fiscal. Muito pelo contrário, a gente tem controle fiscal, sim, e uma relação com o PIB extremamente controlada”, declarou.

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