Os Estados Unidos investiram mais de US$ 1,8 bilhão em interceptadores desde o início do conflito em Gaza, enquanto continuam a enviar armamentos para a Ucrânia, revelou o The Wall Street Journal. Esses esforços destacam questões sobre a capacidade de prontidão do Pentágono para enfrentar os conflitos atuais e potenciais no Pacífico.
Segundo o jornal, os interceptadores são atualmente a munição mais demandada devido à escalada da crise no Oriente Médio, especialmente após os recentes confrontos entre Israel e Irã. Esta demanda crescente por interceptadores pode levar a uma escassez ainda mais crítica.
Os mísseis padrão, frequentemente lançados de navios, são usados principalmente para defender Israel contra ataques de mísseis iranianos e proteger navios no Mar Vermelho contra agressões houthis. Desde outubro de 2023, o Exército dos EUA utilizou mais de 100 desses mísseis em resposta ao ataque do Hamas a Israel.
Elias Yousif, do Stimson Center em Washington, analisou que os EUA não prepararam sua base industrial de defesa para enfrentar simultaneamente guerras de desgaste em grande escala na Europa e no Oriente Médio enquanto mantêm seus padrões de prontidão.
O Departamento de Defesa dos EUA mantém a confidencialidade de seus estoques de armas, considerando a segurança dessas informações frente às possíveis vantagens que poderiam proporcionar ao Irã e seus aliados.
Os interceptadores representam um custo significativo, com cada míssil padrão valendo milhões de dólares. Esse gasto elevado contrasta com o custo muito menor das armas iranianas.
Funcionários do Congresso expressaram preocupações sobre os custos elevados, principalmente porque a reposição de cada míssil pode levar meses e ser extremamente cara.
Durante um ataque iraniano em 1º de outubro, os EUA lançaram uma dúzia de mísseis padrão e utilizaram outros sistemas de defesa aérea. No entanto, as forças norte-americanas e israelenses optaram por não interceptar alguns dos 180 mísiles iranianos que avaliaram como não ameaçadores a locais valiosos, uma estratégia para preservar os estoques de interceptadores, segundo autoridades.
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