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Diretor da Quaest diz que saldo das eleições municipais não altera força de Lula para 2026

Com a conclusão das eleições municipais de 2024, o cenário político brasileiro apresenta desafios estratégicos para os partidos de esquerda e seus líderes visando as eleições presidenciais de 2026. Em entrevista ao O Globo, o cientista político Felipe Nunes, diretor da Quaest, analisou os resultados e suas implicações para a futura governabilidade do país. Nunes […]

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Com a conclusão das eleições municipais de 2024, o cenário político brasileiro apresenta desafios estratégicos para os partidos de esquerda e seus líderes visando as eleições presidenciais de 2026.

Em entrevista ao O Globo, o cientista político Felipe Nunes, diretor da Quaest, analisou os resultados e suas implicações para a futura governabilidade do país.

Nunes destacou que o presidente Lula não necessitava de grandes vitórias nas eleições municipais para fortalecer sua posição para 2026. Ele mencionou que históricamente, resultados em eleições municipais têm pouco impacto nas presidenciais. “Lula não precisava ganhar ou perder este ano para ser forte em 2026”, destacou.

No entanto, Nunes alertou sobre a importância da sucessão de Arthur Lira na presidência da Câmara dos Deputados para a governabilidade do atual mandato de Lula. “O Lula vai ter que se meter se não quiser ficar sem governabilidade nos últimos dois anos”, afirmou.

A eleição para a presidência da Câmara, prevista para fevereiro de 2025, será decisiva para as pautas que dominarão o Congresso nos últimos dois anos do mandato de Lula.

O cientista político também comentou sobre o aumento do poder das emendas parlamentares e do fundo eleitoral, elementos que considera determinantes para a baixa renovação no Congresso em 2026. Nunes prevê um alto índice de reeleição parlamentar se o atual mecanismo de emendas for mantido.

“Se o mecanismo das emendas se mantiver, teremos alto padrão de reeleição parlamentar e baixa renovação em 2026”, avalia.

A análise também abordou o fortalecimento dos partidos do Centrão e a expectativa de aumento nas fusões e federações partidárias para superar a cláusula de barreira.

Essa tendência é uma consequência da reforma eleitoral de 2017, projetada para reduzir o número de partidos. No entanto, segundo Nunes, a polarização entre PT e PL continua a ser um fator dominante, com o voto de opinião fortemente influenciado por essa dinâmica. “Existe a força do voto de opinião, e esse sim é muito mobilizado pela polarização ainda”, lembra.

Nunes também refletiu sobre os desafios para a esquerda e a busca por novas lideranças que possam conectar-se com temas contemporâneos como meritocracia e empreendedorismo.

Ele destacou João Campos, prefeito de Recife, e Eduardo Paes, prefeito do Rio de Janeiro, como figuras de liderança emergentes devido à sua habilidade de engajamento político e carisma. “Campos e Paes serão lembrados pelo eleitor por sua personalidade, empatia e carisma mais do que por suas propostas”, declarou Nunes.

Por outro lado, a direita enfrenta uma fragmentação, com a derrota de candidatos apoiados por Jair Bolsonaro e o surgimento de novas lideranças como o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas. Nunes apontou também para o potencial disruptivo de Pablo Marçal, cuja popularidade entre os jovens e setores precarizados do eleitorado representa um novo desafio para a direita moderada.

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