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PCdoB alega que não recebeu pedido formal de desfiliação de Manuela D’Ávila

O PCdoB informou ao jornal O Globo que, até o momento, não recebeu nenhum pedido oficial de desfiliação por parte da ex-deputada federal Manuela D’Ávila. A possibilidade de sua saída do partido ganhou destaque na semana passada, quando Manuela afirmou, durante um debate público, que se considera “uma mulher sem partido”. A ex-parlamentar, no entanto, […]

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Felipe L. Gonçalves/Brasil247

O PCdoB informou ao jornal O Globo que, até o momento, não recebeu nenhum pedido oficial de desfiliação por parte da ex-deputada federal Manuela D’Ávila.

A possibilidade de sua saída do partido ganhou destaque na semana passada, quando Manuela afirmou, durante um debate público, que se considera “uma mulher sem partido”. A ex-parlamentar, no entanto, não se pronunciou publicamente sobre uma eventual desfiliação desde então.

“Depois de 25 anos num único partido, eu não sou uma mulher sem partido por opção, eu sou por falta de opção, por falta de condições de qual caminho seguir. Esta é minha reflexão individual e coletiva daqueles que militam comigo”, disse Manuela durante o evento.

Ela também refletiu sobre a crise das legendas de esquerda no Brasil e, sem estar vinculada a um partido no momento, destacou sentir-se mais livre para criticar as estratégias atuais do campo progressista.

Manuela expressou sua preocupação com a dificuldade de debater os rumos da esquerda, especialmente em relação ao enfrentamento ao bolsonarismo. Segundo a ex-deputada, há uma resistência em discutir como avançar nas questões políticas.

“O mínimo é o direito de debater com franqueza. Sinto certa obstrução. Cada vez que a gente abre uma mesa sobre como avançar na esquerda, a gente escuta: ‘Opa, estão ajudando o Bolsonaro.’ Eu não tô. Quem nós nos tornamos nesse mundo em crise? Nos tornamos defensores de uma certa institucionalidade que nós, originalmente, deveríamos enfrentar”, afirmou.

O debate em que Manuela fez essas declarações contou com a participação de outros nomes importantes do campo progressista, como o deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ), o deputado estadual Renato Freitas (PT-PR), a filósofa Márcia Tiburi, o sociólogo Jessé de Souza e o historiador Jones Manoel. As discussões giraram em torno da crise política no Brasil e das dificuldades enfrentadas pela esquerda.

Manuela D’Ávila está no PCdoB desde 2001 e construiu sua carreira política dentro da sigla. Ela foi eleita vereadora, deputada estadual e deputada federal, além de ter concorrido à prefeitura de Porto Alegre em três ocasiões. Em 2018, foi candidata a vice-presidente da República na chapa encabeçada por Fernando Haddad (PT), que disputou o segundo turno contra Jair Bolsonaro.

Embora as declarações recentes de Manuela levantem dúvidas sobre seu futuro político e partidário, o PCdoB afirmou que ainda não recebeu qualquer pedido formal de desfiliação. A saída de Manuela, se concretizada, representaria uma mudança significativa para o partido, que tem buscado se reposicionar no cenário político após as últimas eleições.

O futuro político de Manuela D’Ávila segue em aberto, e suas críticas à esquerda podem indicar uma reavaliação de sua trajetória partidária. Para muitos, suas recentes declarações são um sinal de que ela pode estar considerando novas opções para continuar sua atuação política, em um momento em que o campo progressista enfrenta desafios tanto internos quanto externos.

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