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Prêmio Nobel de Medicina vai para dupla norte-americana por descoberta de microRNA

Os cientistas norte-americanos Victor Ambros e Gary Ruvkun ganharam o Prêmio Nobel de Medicina de 2024 pela descoberta do microRNA e seu papel crucial na forma como os organismos multicelulares crescem e vivem, informou na segunda-feira o órgão que concede o prêmio. A assembleia do Nobel disse em um comunicado que os laureados descobriram a […]

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Christine Olsson/TT News Agency/via Reuters

Os cientistas norte-americanos Victor Ambros e Gary Ruvkun ganharam o Prêmio Nobel de Medicina de 2024 pela descoberta do microRNA e seu papel crucial na forma como os organismos multicelulares crescem e vivem, informou na segunda-feira o órgão que concede o prêmio.

A assembleia do Nobel disse em um comunicado que os laureados descobriram a nova classe de minúsculas moléculas de RNA, que desempenham um papel crucial na regulação dos genes.

“Sua descoberta pioneira revelou um princípio completamente novo de regulação de genes que acabou sendo essencial para organismos multicelulares, incluindo os humanos”, afirmou a assembleia.

O trabalho deles ajudou a explicar como as células se especializam e se desenvolvem em diferentes tipos, como células musculares e nervosas, embora todas as células de um indivíduo contenham o mesmo conjunto de genes e instruções para crescer e permanecer vivo.

Thomas Perlmann, secretário do comitê do Nobel de fisiologia, disse que entrou em contato com Ruvkun por telefone, acordando-o cedo na manhã dos EUA, mas que ele estava feliz e “muito entusiasmado”.

Ambros é professor da Faculdade de Medicina da Universidade de Massachusetts, enquanto Ruvkun é professor da Faculdade de Medicina de Harvard e também afiliado ao Hospital Geral de Massachusetts, em Boston.

No final da década de 1980, Ambros e Ruvkun realizaram estudos de pós-doutorado no laboratório de Robert Horvitz, ele próprio ganhador do Prêmio Nobel em 2002, estudando uma lombriga de 1 mm de comprimento.

Suas descobertas sobre como certos microRNAs na lombriga governam o crescimento de órgãos e tecidos foram inicialmente descartadas como específicas da espécie.

Mais trabalhos publicados pelo grupo de pesquisa de Ruvkun em 2000, no entanto, mostraram que toda a vida animal dependia do mecanismo por mais de 500 milhões de anos.

Os vencedores do prêmio de fisiologia ou medicina são selecionados pela Assembleia do Nobel da Universidade de Medicina do Instituto Karolinska da Suécia e recebem um prêmio de 11 milhões de coroas suecas (1,1 milhão de dólares).

Como todos os anos, o prêmio de fisiologia ou medicina é o primeiro da série de Nobel, premiação de maior prestígio em ciência, literatura e esforços humanitários. Os cinco restantes serão revelados nos próximos dias.

Fonte: Reuters

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