A divulgação do prontuário falso por parte da campanha de Marçal evidencia a falta de planejamento e o desespero diante dos resultados desfavoráveis.
A campanha de Pablo Marçal (PRTB) divulgou, na última sexta-feira (4), um prontuário médico falsificado atribuído ao deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), numa tentativa de associá-lo ao uso de drogas. O documento, no entanto, foi rapidamente desmentido, uma vez que apresentava dados incorretos e trazia a assinatura de um médico já falecido. A divulgação, feita de forma repentina, expôs fragilidades na campanha de Marçal, que estaria reagindo a resultados negativos em trackings internos.
De acordo com fontes próximas da campanha de Marçal, a decisão de divulgar o documento falso teria ocorrido em um momento de desespero, devido ao impacto dos últimos resultados de pesquisas internas. Segundo essas fontes, a estratégia foi planejada e executada no mesmo dia, sem que fosse parte de um planejamento prévio ou plano elaborado.
O prontuário, além de apresentar a assinatura de um médico que já faleceu e está inativo nos registros profissionais, possui outras inconsistências, o que levanta comprovam as acusações de falsificação.
A divulgação do prontuário falso gerou críticas imediatas. De um lado, apoiadores de Boulos destacaram a tentativa de desviar o foco dos debates eleitorais para um ataque pessoal, enquanto especialistas afirmam que a atitude evidencia uma falta de preparo e planejamento estratégico na campanha de Pablo Marçal.
Este tipo de tática, segundo analistas, reflete a crescente fragilidade da campanha de Marçal diante de uma disputa cada vez mais acirrada. Em vez de focar em propostas e diálogo com o eleitorado, a campanha optou por um ataque direto, que resultou em um efeito negativo para a própria imagem do candidato.
A repercussão do episódio levanta ainda mais preocupações sobre o nível da disputa eleitoral, que tem se mostrado marcada pela disseminação de informações falsas e táticas de desinformação. Para os eleitores, o episódio pode servir como mais um exemplo de como a corrida eleitoral deste ano se desvia dos debates necessários sobre políticas e propostas, focando em ataques de caráter e estratégias baseadas em fake news.
Tiago Silva
05/10/2024 - 17h50
O pior gado é aquele que não quer ver:
https://www.aosfatos.org/noticias/dados-incorretos-laudo-internacao-marcal-boulos/
Ou será, que eleitores se identificam com a falta de caráter e uso mentiras de (La)Marçal?