Na noite de quinta-feira, durante o último debate antes do primeiro turno das eleições municipais de São Paulo, promovido pela TV Globo, os candidatos Guilherme Boulos (PSOL) e Pablo Marçal (PRTB) se destacaram em um cenário que indica um possível confronto entre ambos no segundo turno.
A pesquisa Datafolha, divulgada horas antes do evento, mostrou Boulos com 26% das intenções de voto, Marçal com 24%, e o prefeito e candidato à reeleição, Ricardo Nunes (MDB), também com 24%.
Durante o debate, Boulos abordou diretamente as acusações de uso de drogas, trazendo um exame toxicológico recente para provar sua inocência e desafiando Marçal a fazer o mesmo.
A tensão aumentou quando o mediador Cesar Tralli chamou a atenção de Boulos por levar o documento ao palco, uma ação que, embora controversa, não resultou em penalidades.
Ricardo Nunes enfrentou dificuldades ao responder sobre o boletim de ocorrência por violência doméstica, registrado por sua esposa em 2011, um tema incisivamente trazido à tona por Marçal em debates anteriores.
Nunes tentou minimizar o incidente, descrevendo-o como um “desentendimento” durante um período de separação.
Marçal manteve uma postura combativa, destacando a independência financeira de sua campanha em relação ao fundo eleitoral e criticando a associação de Nunes com figuras ligadas ao ex-prefeito João Doria.
A deputada federal Tabata Amaral (PSB) também teve momentos de destaque, adotando uma postura mais assertiva e criticando os principais candidatos, além de ressaltar sua posição em potenciais cenários de segundo turno.
Com o primeiro turno programado para o próximo domingo, a eleição mostra uma disputa polarizada principalmente entre Boulos e Marçal, com Nunes enfrentando um cenário de declínio.
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