Autoridades do cantão de Schaffhausen, Suíça, anunciaram nesta terça-feira, 24, a prisão de várias pessoas relacionadas ao primeiro uso de uma cápsula de suicídio assistido, conhecida como “Sarco”.
O dispositivo foi utilizado em uma floresta no município de Merishausen. Segundo a polícia local, promotores abriram processos criminais por “induzir, auxiliar e instigar suicídio“.
A cápsula, que causou morte por liberação de gás nitrogênio, reduzindo o oxigênio a níveis letais, foi empregada por uma mulher americana de 64 anos, que sofria de um sistema imunológico gravemente comprometido.
Florian Willet, copresidente do grupo The Last Resort, responsável pela cápsula, está entre os detidos, juntamente com um jornalista holandês e dois cidadãos suíços.
Willet estava presente no momento do suicídio da mulher, que, segundo ele, foi uma morte “pacífica, rápida e digna”.
A falecida passou por avaliações psiquiátricas antes do ato, conforme declarações do grupo. No entanto, um porta-voz dos promotores em Schaffhausen recusou-se a confirmar os detalhes ou o número de detidos.
Philip Nitschke, médico australiano e criador da “Sarco”, defendeu o uso da cápsula em território suíço, onde o suicídio assistido é legal.
Apesar disso, Elisabeth Baume-Schneider, ministra suíça responsável pela saúde, expressou preocupações sobre a legalidade do dispositivo, alegando que não atende aos requisitos da lei de segurança do produto e que o uso de nitrogênio não é legalmente compatível.
A situação gerou ampla discussão entre as autoridades e a mídia sobre a permissão do uso da cápsula.
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