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Kremlin acusa Zelensky de ‘delírio’ ao propor termos de paz na ONU

“A Rússia quer a paz com a Ucrânia, mas não será forçada a isso”, disse o porta-voz Dmitry Peskov O líder ucraniano, Vladimir Zelensky, está “delirando” se acredita que Moscou pode ser forçada a aceitar a paz nos termos de Kiev, afirmou o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov. Em seu discurso ao Conselho de Segurança […]

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O líder ucraniano Vladimir Zelensky durante uma reunião do Conselho de Segurança da ONU. © Getty Images / Stephanie Keith

A Rússia quer a paz com a Ucrânia, mas não será forçada a isso”, disse o porta-voz Dmitry Peskov

O líder ucraniano, Vladimir Zelensky, está “delirando” se acredita que Moscou pode ser forçada a aceitar a paz nos termos de Kiev, afirmou o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov.

Em seu discurso ao Conselho de Segurança da ONU, em Nova York, na terça-feira, Zelensky declarou que o conflito entre Rússia e Ucrânia “não pode ser resolvido por meio de negociações” e que Moscou “só pode ser forçada a fazer a paz”.

“Uma postura baseada na tentativa de forçar a Rússia à paz é um erro absolutamente fatal, porque é impossível forçar a Rússia à paz”, disse Peskov a jornalistas na quarta-feira.

A posição defendida pelo líder ucraniano é “uma ilusão profunda que inevitavelmente trará consequências para o regime de Kiev”, alertou o porta-voz.

“A Rússia apoia a paz, mas com a condição de que seus fundamentos de segurança sejam garantidos e os objetivos da operação militar especial sejam atingidos”, enfatizou Peskov.

Zelensky chegou aos EUA no fim de semana para se encontrar com o presidente Joe Biden, membros do Congresso e os dois candidatos presidenciais – Kamala Harris e Donald Trump – e para apresentar seu “plano de paz”, recentemente renomeado como “plano de vitória”.

De acordo com o líder ucraniano, o plano poderia encerrar o conflito entre Moscou e Kiev até o final deste ano, se Washington e seus aliados tomarem “decisões rápidas” para aumentar o apoio à Ucrânia.

A iniciativa ainda não foi divulgada ao público, mas o Sunday Times informou que ela se baseia em quatro pontos principais: garantias de segurança ocidentais para a Ucrânia, semelhantes ao princípio de defesa coletiva da OTAN; uma continuação da incursão de Kiev na região russa de Kursk como moeda de troca territorial; entregas específicas de armamentos avançados por parte de aliados estrangeiros; e apoio financeiro internacional à Ucrânia.

Zelensky disse à ABC News na terça-feira que seu plano “não trata de negociação com a Rússia”. O foco, segundo ele, é “o fortalecimento da Ucrânia, de seu exército e de seu povo. Apenas em uma posição de força podemos pressionar [o presidente russo Vladimir] Putin a acabar com a guerra de forma diplomática”, afirmou.

Na terça-feira, a Bloomberg relatou, citando autoridades informadas, que os líderes ocidentais com quem Zelensky discutiu o plano não ficaram impressionados. Um dos interlocutores disse que o plano não continha nenhuma novidade ou fator decisivo, enquanto outro o descreveu como simplesmente “uma lista de desejos”.

Peskov comentou no início desta semana que a liderança russa ainda não pode avaliar adequadamente o “plano de vitória” de Zelensky, pois não há informações confiáveis suficientes sobre ele.

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