A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, expressou sérias dúvidas sobre a legitimidade das recentes eleições presidenciais na Venezuela, durante uma entrevista concedida nesta quarta-feira, 31, ao jornalista Guilherme Amado, do Metrópoles.
Marina questionou a democracia no governo de Nicolás Maduro, destacando a necessidade de maior transparência no processo eleitoral.
“Na minha opinião pessoal, eu não falo pelo governo, não se configura como uma democracia. Muito pelo contrário”, declarou Silva, que também elogiou a postura do Itamaraty em exigir a apresentação das atas de votação.
“O Brasil está muito correto quando diz que quer ver o resultado eleitoral, os mapas, todas as comprovações de que de fato houve ali uma decisão soberana do povo venezuelano”, emendou a ministra.
A ministra reforçou que um regime democrático verdadeiro deve assegurar eleições livres, sistemas transparentes e a ausência de perseguição política, permitindo que todos os segmentos da sociedade tenham chances legítimas de alcançar o poder.
“Quando se trata de política externa, o governo está correto em buscar as cautelas necessárias. Mas a cobrança foi veemente. O fato de fazer essa cobrança é uma forma de colaborar com o fortalecimento da democracia no nosso continente, e de que a gente não tenha nenhum tipo de atitude que venha extrapolar esse princípio”, acrescentou Silva, enfatizando que democracia e direitos humanos são valores inegociáveis.
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