Militares não passarão ilesos por congelamentos no orçamento

A coluna apurou que o Ministério da Defesa será alvo dos cortes orçamentários do governo, confirmando os temores de militares e gestores da pasta. Fontes na Casa Civil e no Ministério da Fazenda confirmaram, que a Defesa estará na lista dos ministérios afetados pelos bloqueios de recursos. No entanto, não puderam precisar a extensão dos cortes que serão aplicados na área.

“É sempre doloroso cortar, porque você está cortando coisas que são necessidades que estavam previstas. O bloqueio e o contingenciamento vão alcançar 100% dos ministérios“, disse Rui Costa, ministro da Casa Civil, na última semana.

A fala do ministro Rui Costa, da Casa Civil, na semana passada, já indicava que “todos os ministérios” seriam afetados pelos cortes. A confirmação da inclusão da Defesa reforça que suas declarações não eram exageradas nem hiperbólicas.

O anúncio oficial dos congelamentos detalhados está previsto para amanhã. Enquanto isso, as áreas ligadas à economia seguem com uma verdadeira operação de guerra para reter informações e evitar vazamentos para a imprensa antes da publicação oficial no Diário Oficial da União, nesta terça-feira. Essa estratégia de sigilo tem gerado especulações e incertezas, mas também destaca a gravidade e a abrangência das medidas que serão adotadas.

Os R$ 15 bilhões em cortes foram anunciados pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, como uma necessidade diante da frustração de receitas e da adesão de emendas parlamentares que aumentaram a pressão sobre o orçamento. Segundo apuração da coluna, o detalhamento de como esses cortes se desdobrarão por ministério ainda não foi definido, mas a expectativa é de que todas as pastas, sem exceção, sofram os impactos.

A confirmação de cortes na Defesa, mesmo sem detalhes precisos, já é suficiente para acender um alerta sobre os desafios que o governo enfrentará nos próximos meses com o dilema sobre equilibrar a necessidade de ajuste fiscal com a manutenção de investimentos essenciais para a sociedade, em um cenário que promete ser de intensa vigilância e ajustes contínuos.