O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), conhecido como a prévia da inflação oficial do Brasil, apresentou um aumento de 0,30% nos preços em julho, conforme divulgado nesta quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Este resultado superou as expectativas do mercado financeiro, que previa uma alta de 0,23% para o mês.
O grupo de Transportes teve notável influência no índice, com um aumento de 1,12%, contribuindo com 0,23 ponto percentual (p.p.) para o índice geral.
Especificamente, as passagens aéreas, que registraram um aumento de 19,21%, tiveram o maior impacto individual, com 0,12 p.p. A gasolina também se destacou com uma valorização de 1,43% e um impacto adicional de 0,07 p.p. no indicador.
Comparativamente, o índice geral desacelerou em relação ao mês anterior, que havia registrado uma alta de 0,39%. Em contraste, em julho de 2023, foi registrada uma deflação de 0,07%. Nos últimos 12 meses, o IPCA-15 acumula uma alta de 4,45% (acima do teto da meta estipulado pelo governo em 4%).
Sete dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE mostraram aumento nos preços. O grupo Habitação teve a maior alta percentual com 0,49%, impactando o índice em 0,07 p.p. Destaca-se também o grupo Alimentação e bebidas, que experimentou uma deflação de 0,44%, marcando a primeira vez que o grupo registra queda em oito meses.
A deflação no subgrupo de Alimentação no domicílio foi de 0,70%, influenciada pelas quedas nos preços da cenoura (-21,60%), tomate (-17,94%), cebola (-7,89%) e frutas (-2,88%).
Por outro lado, houve aumentos nos preços do leite longa vida (2,58%) e café moído (2,54%). A Alimentação fora do domicílio subiu 0,25%, desacelerando em relação a junho.
Outro destaque foi o ajuste nos preços da gasolina e do gás de cozinha pela Petrobras no início do mês, sendo o primeiro reajuste da gasolina desde outubro de 2023.
Isso levou a um aumento de quase 5% no preço médio do litro da gasolina nas últimas duas semanas, alcançando o maior valor registrado durante o atual governo, com a gasolina sendo vendida a uma média de R$ 6,13 por litro, e o preço máximo encontrado nos postos foi de R$ 7,99.
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