Menu

Assassinatos de indígenas dispararam no 1º ano do governo Lula

O primeiro ano do retorno de Luiz Inácio Lula da Silva à presidência não trouxe as melhorias esperadas nas políticas voltadas aos povos indígenas do Brasil. Um relatório recente do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), divulgado na última segunda-feira, 22, ilustra um cenário preocupante de violência e negligência governamental. Os dados apresentados no documento “Violência Contra […]

2 comentários
Apoie o Cafezinho
Siga-nos no Siga-nos no Google News
Guilherme Cavalli/Cimi

O primeiro ano do retorno de Luiz Inácio Lula da Silva à presidência não trouxe as melhorias esperadas nas políticas voltadas aos povos indígenas do Brasil. Um relatório recente do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), divulgado na última segunda-feira, 22, ilustra um cenário preocupante de violência e negligência governamental.

Os dados apresentados no documento “Violência Contra os Povos Indígenas do Brasil” indicam um aumento significativo na violência, com o número de assassinatos de indígenas subindo de 180 em 2022 para 208 em 2023, um crescimento de 15,5%.

Os estados de Roraima, Mato Grosso do Sul e Amazonas foram destacados como os mais críticos, com Roraima e Amazonas também abrigando a disputada terra Yanomami, frequentemente invadida por garimpeiros ilegais.

Apesar de terem sido homologadas oito novas terras indígenas em 2023 — um aumento em comparação aos anos anteriores —, o relatório critica a falta de recursos e estrutura do recém-criado Ministério dos Povos Indígenas (MPI).

A análise sugere que, sem investimento financeiro – com as limitações do novo teto de gastos – ou poder político efetivo, o ministério pouco pode fazer para mudar a realidade dos indígenas no país.

O documento também faz um alerta sobre a persistência de homicídios culposos e o aumento nas tentativas de homicídio, passando de 28 casos em 2022 para 35 em 2023.

O secretário executivo do Cimi, Luis Ventura Fernández, descreve 2023 como um ano de inércia governamental e cumplicidade na continuação da violência contra os povos indígenas, mencionando comunidades constantemente assediadas e ameaçadas.

“A demarcação dos territórios indígenas avançou muito pouco, muito aquém do esperado, bem longe do necessário e na contramão do urgente”, declarou Luís.

E isso apesar de que os povos indígenas conseguiram, no mês de setembro, uma decisão histórica no âmbito do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou a inconstitucionalidade do marco temporal, facilitando o caminho para a retomada das demarcações”, completou.

O relatório lamenta a situação particularmente trágica dos jovens indígenas Pataxó, Samuel Cristiano do Amor Divino e Nauí Pataxó, assassinados no início do ano na Bahia, um reflexo das tensões persistentes sobre a posse de terras.

Acesse o relatório completo clicando aqui.

Apoie o Cafezinho
Siga-nos no Siga-nos no Google News

Comentários

Os comentários aqui postados são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião do site O CAFEZINHO. Todos as mensagens são moderadas. Não serão aceitos comentários com ofensas, com links externos ao site, e em letras maiúsculas. Em casos de ofensas pessoais, preconceituosas, ou que incitem o ódio e a violência, denuncie.

Escrever comentário

Escreva seu comentário

João Ferreira Bastos

24/07/2024 - 11h58

Alguém viu o inoperante e inútil Ministro da Justiça ?

bandoleiro

24/07/2024 - 09h26

Vai Lulo….kkkkkkkkkk


Leia mais

Recentes

Recentes