As receitas da Rússia oriundas de exportações de petróleo registraram um aumento de quase 50% no último mês em relação ao mesmo período do ano anterior, impulsionadas pela alta nos preços do Urals, o principal tipo de petróleo do país.
De acordo com informações da Bloomberg, o aumento nos impostos relacionados ao petróleo resultou em receitas de 590,6 bilhões de rublos (aproximadamente US$ 6,7 bilhões) em comparação com 402,8 bilhões de rublos (US$ 4,5 bilhões) em junho de 2023.
Os lucros totais do setor de petróleo e gás aumentaram 41%, alcançando 746,6 bilhões de rublos (US$ 8,4 bilhões).
Esse crescimento foi atribuído ao aumento no preço do Urals, que foi calculado a US$ 67,37 por barril, acima dos US$ 53,50 do ano passado. Além disso, o desconto do Urals em relação ao Brent diminuiu, apesar do teto de US$ 60 por barril imposto pelo G7 e pela União Europeia.
O teto de preço e o embargo ao petróleo marítimo russo foram implementados pelos governos ocidentais como parte de um esforço para impactar a economia russa, mantendo, ao mesmo tempo, o fluxo de petróleo russo para os mercados globais.
Desde então, a Rússia tem redirecionado suas exportações de energia, principalmente para a Ásia, onde a demanda de países como Índia e China manteve os preços acima do limite ocidental.
Autoridades da UE admitiram que as medidas não conseguiram limitar significativamente as receitas energéticas da Rússia, já que quase nenhum carregamento de petróleo bruto foi vendido ao preço estabelecido ou abaixo dele.
Os dados do Ministério das Finanças russo revelam que as receitas orçamentárias de petróleo e gás aumentaram 73,5% nos primeiros cinco meses do ano, totalizando 4,95 trilhões de rublos (US$ 55,7 bilhões). A previsão é que os lucros do setor atinjam 10,99 trilhões de rublos (US$ 125 bilhões) até o final deste ano.
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