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Haddad desiste de cortar aposentadoria e BPC após ser retaliado por Lula

O Ministério da Fazenda abandonou a ideia de desvincular as aposentadorias e o Benefício de Prestação Continuada (BPC) do salário mínimo. LEIA: O ensaio do governo Lula rumo a direita? A decisão ocorre após declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em entrevista ao UOL, onde afirmou que tal medida não está em consideração. […]

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Vinicius Loures/Câmara dos Deputados

O Ministério da Fazenda abandonou a ideia de desvincular as aposentadorias e o Benefício de Prestação Continuada (BPC) do salário mínimo.

LEIA: O ensaio do governo Lula rumo a direita?

A decisão ocorre após declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em entrevista ao UOL, onde afirmou que tal medida não está em consideração. “Não considero isso gasto”, disse Lula, referindo-se aos benefícios como essenciais e não negociáveis para cortes.

LEIA: Lula descarta proposta de Haddad de cortar valor da aposentadoria e do BPC

A entrevista teve impacto imediato nos mercados, com queda na Bolsa e alta do dólar.

A situação aumentou a pressão sobre o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que tem enfrentado demandas da Faria Lima para a redução de gastos.

Haddad havia iniciado estudos para cortar despesas, e a desvinculação dos benefícios do salário mínimo estava entre as alternativas consideradas.

A posição de Lula recebeu apoio dentro do próprio Partido dos Trabalhadores (PT), com deputados como Zeca Dirceu e Alencar Santana expressando seu respaldo à decisão do presidente.

Enquanto isso, a exigência por diminuição de despesas tem sido uma constante de parlamentares do centrão, que criticam o governo por focar apenas em aumentar a arrecadação sem propor cortes efetivos.

A controvérsia se intensificou com o Congresso rejeitando partes de duas medidas provisórias que eliminavam benefícios fiscais para empresas, após forte oposição dos setores produtivos.

Com a renovação do benefício de isenção de impostos sobre a folha de pagamento até 2027, o Ministério da Fazenda se vê sem um plano B eficaz, aguardando possíveis soluções legislativas para o impasse fiscal.

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