Após uma semana de tensões nos mercados, incluindo uma alta acentuada do dólar devido a declarações polêmicas do presidente Lula, a equipe econômica espera que a ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) acalme os investidores e estabilize o comportamento da moeda americana.
Segundo assessores do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a tensão da semana passada já era esperada, mas superou as expectativas.
A ata do Copom, que será divulgada nesta terça-feira (25), deverá mostrar a unidade do Banco Central em enfrentar as pressões inflacionárias.
Além disso, os ministérios da Fazenda e do Planejamento vão demonstrar ao mercado a determinação em ajustar as contas públicas e manter a meta de zerar o déficit público.
As equipes de Fernando Haddad e Simone Tebet afirmam que o governo iniciará uma primeira etapa de governança dos gastos públicos, economizando através de novos métodos de execução dos programas sociais e combatendo fraudes.
O Ministério da Previdência Social, segundo o ministro Carlos Lupi, espera economizar mais de R$ 10 bilhões com essas medidas em 2024.
A segunda etapa envolverá cortes de incentivos e benefícios fiscais, atualmente superiores a R$ 500 bilhões. O governo analisará quais programas podem ser eliminados por não oferecerem retorno adequado ao país.
A terceira etapa será mais estrutural, com medidas para reduzir as despesas da União, revisando benefícios previdenciários e investindo em saúde e educação.
Esforços no Legislativo
Na área econômica, o governo espera que as pautas da Fazenda e do Planejamento avancem até o início do recesso.
Em uma semana de Congresso esvaziado, o governo Lula e a liderança do Legislativo trabalharão para preparar para votação, no início de julho, os projetos de regulamentação da reforma tributária, além do novo ensino médio e da liberação dos jogos de azar.
Depois de semanas focadas em temas polêmicos, como os projetos sobre aborto e delação premiada, o próprio Congresso, especialmente o presidente da Câmara, Arthur Lira, tentará ajustar a pauta legislativa às necessidades do país e da população.
Lira enfrentou críticas ao liderar a estratégia de desengavetar projetos controversos, sendo criticado nas redes sociais. Ele decidiu deixar esses temas para o segundo semestre.
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