Luiz Carlos Bresser-Pereira, ex-ministro da Fazenda e da Administração Federal e Reforma do Estado, em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, avaliou os 30 anos do Plano Real, reconhecendo seu papel na estabilização da inflação no Brasil, mas criticou as políticas econômicas subsequentes que, segundo ele, levaram a uma “armadilha de juros e câmbio”.
Bresser-Pereira comentou que o plano foi eficaz em controlar a inflação descontrolada da época, mas foi acompanhado por uma elevação de juros considerada excessiva.
Ele também apontou que desde a implementação do Plano Real, houve uma tendência de o mercado financeiro e os rentistas dominarem o patrimônio público, uma situação que, segundo suas palavras, persiste até hoje, capturando cerca de 7% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional.
Bresser-Pereira expressou preocupações com as consequências de longo prazo dessas políticas para a economia brasileira.
Nelson
24/06/2024 - 12h33
Para avaliar o que significou o Plano Real e não me estender demais, eu faço uso do ensinamento do grande Leonel Brizola.
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Se esse plano econômico fosse realmente bom para o país e a nação – ou seja, para 100% dos brasileiros e não só para uma ínfima minoria – os órgãos da mídia hegemônica não teriam envidado tantos esforços em nos convencer de que o Real seria uma maravilha para o povo brasileiro.
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Pelo contrário, como não tem qualquer compromisso para com o povo brasileiro, isso é histórico, essa mídia teria “sentado o pau” a torto e a direito, sem dó, no plano.
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Ademais, também o duo FMI/Banco Mundial teria desancado o plano e os países ricos, EUA à frente, que dão as cartas nesse duo, teriam dado um jeito de aplicar um golpe de estado para derrubar o governo de Fernando Henrique Cardoso.