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Governo propõe reajuste de até 46,5% a técnicos da educação federal

Alteração aumenta o reajuste médio salarial para cerca de 31,2% em quatro anos e traz incentivo à qualificação dos servidores O governo federal, por meio do Ministério da Educação (MEC) e do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), apresentou uma nova proposta para os técnicos administrativos em educação (TAEs), em reunião […]

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André Corrêa

Alteração aumenta o reajuste médio salarial para cerca de 31,2% em quatro anos e traz incentivo à qualificação dos servidores

O governo federal, por meio do Ministério da Educação (MEC) e do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), apresentou uma nova proposta para os técnicos administrativos em educação (TAEs), em reunião nesta terça-feira, 11 de junho, com entidades representativas da categoria. Além do reajuste médio salarial de cerca de 31,2% em quatro anos, a nova proposta traz aceleração na progressão da carreira e incentivo à qualificação dos servidores.

Após cinco rodadas de negociação, a nova proposta do governo para os TAEs aumenta o reajuste médio para 31,2% em quatro anos e apresenta ganhos com progressão na carreira (steps), que passarão dos atuais 3,9% para 4% em janeiro de 2025 e para 4,1% em abril de 2026. Com essa composição, o reajuste acumulado varia de 26,8% a 46,5%, a depender da classe e do nível na carreira. Na reestruturação da carreira, o tempo de progressão diminui de 18 para 12 meses, com aceleração a cada cinco anos. Tal mudança permite que se chegue ao topo da carreira em 15 anos.

Além disso, a exemplo de todos os servidores públicos federais, os TAEs receberam reajuste de 118% no auxílio-alimentação, que chegou a R$ 1.000 em 2024; e de 51% no auxílio-saúde e no auxílio-creche.

Com relação ao pedido das entidades sobre a concessão de gratificação por Saberes e Competências (RSC), o governo se comprometeu a criar um Grupo de Trabalho no MEC para aprofundar o tema, com prazo de seis meses. Para outro pleito não salarial da categoria, que é a revisão do Decreto nº 9991/2019, foi apresentada proposta de revisão da norma, permitindo que as instituições federais de educação superior elaborem seus planejamentos e planos específicos.

Após a apresentação da nova proposta, as entidades irão levar os novos termos às suas bases para debatê-los com a categoria. Segundo o secretário de Relações do Trabalho do MGI, José Lopez Feijó, “o governo mantém a confiança de que a proposta é boa e respeita a carreira de técnicos administrativos em educação em todo o País”. Ele acredita que a proposta tenha efeito positivo para a solução do impasse, o qual afeta estudantes e toda a comunidade escolar.

Impactos orçamentários

As duas propostas do governo (docentes e TAEs) somadas representam impacto orçamentário de cerca de R$ 20 bilhões até 2026, como destacou o Ministro de Estado da Educação, Camilo Santana, no evento de lançamento do PAC Universidades, na segunda-feira, 10 de junho. Durante o evento, o Ministro ressaltou o orçamento da educação destinado às propostas de reajustes e de todo o investimento que o governo federal tem realizado na área da educação.

“A negociação que foi feita com os docentes e a proposta apresentada aos técnicos administrativos vai ter um impacto de mais de R$ 10 bilhões. Nós estamos falando de R$ 20 bilhões de aumento no orçamento das universidades federais, só por questão de pessoal”, destacou.

Além disso, somente os reajustes nos benefícios (auxílios-alimentação, saúde e creche) para os servidores federais tiveram impacto de R$ 3 bilhões no orçamento de 2024 do governo federal.

Publicado originalmente pelo Ministério da Educação em 12/06/2024 – 11h53

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