João Pedro Stédile, um dos fundadores do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), expressou descontentamento com a atual gestão do presidente Lula em relação à reforma agrária.
Em entrevista ao site O Joio e O Trigo, Stédile destacou a inércia do governo no avanço das desapropriações e do crédito para assentados.
“O governo não está fazendo nada na reforma agrária. É uma vergonha. Nós já estamos há um ano e meio, não avançamos”, declarou.
Além disso, criticou a política de reforma agrária do terceiro mandato de Lula, atribuindo-lhe nota três. Stédile também comentou sobre as dificuldades enfrentadas pelo MST diante da ampla coligação formada por Lula para derrotar Jair Bolsonaro (PL) nas últimas eleições, indicando que os interesses do movimento não são priorizados.
Na semana anterior, cerca de 300 membros do MST ocuparam a sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em Alagoas, em resposta à nomeação de Junior Rodrigues do Nascimento como novo superintendente, evidenciando tensões contínuas. O movimento havia já protestado contra essa indicação anteriormente.
Em abril, o MST intensificou suas ações, registrando 35 invasões de terra, um aumento significativo em comparação ao ano anterior, segundo dados do MST.
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