Nesta quarta-feira, 12, um destacamento naval de ataque russo, incluindo a fragata Almirante Gorchkov e o submarino de propulsão nuclear Kazan, chega a Havana. A presença desses navios ocorre em um momento de tensão crescente entre o Kremlin e os Estados Unidos.
A fragata Almirante Gorchkov, conhecida por operar mísseis hipersônicos, e o submarino Kazan, são acompanhados por um navio-tanque e um rebocador.
Segundo o Ministério da Defesa russo, essa flotilha realizou treinos com mísseis de precisão no Atlântico Norte, enquanto se dirigia a Cuba.
A visita coincide com declarações recentes do presidente Vladimir Putin sobre o fornecimento de armas a adversários dos EUA. Esta situação surge após os EUA e aliados da Otan autorizarem Kiev a realizar ataques dentro da Rússia, com a recomendação de focar em instalações militares.
A presença naval russa em Havana, a apenas 150 km do território americano, não é nova, sendo uma prática anual desde 2013. Contudo, a capacidade ofensiva da atual flotilha remete à crise dos mísseis de Cuba em 1962, embora sem expectativas de um conflito de tal magnitude.
Enquanto isso, na Europa, a Rússia prossegue com exercícios nucleares, agora com a participação de Belarus. Este reforço na prontidão militar ocorre em um contexto de tensão crescente, com incidentes recentes incluindo a violação do espaço aéreo finlandês por uma aeronave russa.
Os desenvolvimentos em Cuba e Europa indicam uma fase de intensificação nos preparativos militares e estratégicos de Moscou, em resposta às dinâmicas geopolíticas envolvendo os EUA e seus aliados da Otan.
Com informações da Folha
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