O Tesouro Nacional divulgou nesta terça-feira que o governo central, que inclui as contas do Tesouro, Banco Central e Previdência Social, registrou um superávit primário de 11,082 bilhões de reais em abril.
O valor está abaixo dos 15,640 bilhões de reais alcançados no mesmo período do ano anterior e inferior à previsão de 13,35 bilhões de reais estimada por analistas.
Em abril de 2024, as despesas totais ajustadas pela inflação cresceram 12,4%, somando 180,197 bilhões de reais. As receitas líquidas, excluindo transferências a governos regionais, tiveram um aumento real de 8,4%, alcançando 191,279 bilhões de reais.
O resultado de abril é o mais baixo para o mês desde 2020, quando o saldo foi negativo em 95,9 bilhões de reais, durante a crise da pandemia de Covid-19.
A meta de resultado primário para este ano foi mantida em déficit zero pela equipe econômica, apesar de alguns alvos fiscais futuros terem sido flexibilizados devido a desafios para implementar a agenda fiscal completa no Congresso.
Recentemente, a equipe econômica revisou as projeções para 2024, prevendo um déficit primário de 14,5 bilhões de reais, uma deterioração em relação aos 9,3 bilhões de reais projetados em março, mas ainda dentro da margem de tolerância do arcabouço fiscal.
A arrecadação de tributos administrados pela Receita Federal teve um aumento real de 10,6% em abril, impulsionada principalmente pelo Pis/Cofins. Houve também um aumento nas receitas previdenciárias.
Quanto às despesas, o maior impacto veio da elevação dos desembolsos de benefícios previdenciários.
No acumulado do primeiro quadrimestre, o saldo positivo foi de 30,605 bilhões de reais, abaixo dos 46,849 bilhões de reais do mesmo período de 2023.
Em termos anuais, o governo central apresenta um déficit de 253,4 bilhões de reais, corrigidos pela inflação, equivalente a 2,23% do PIB. Este déficit inclui os pagamentos extraordinários de precatórios realizados no final de 2023.
Com informações da Reuters
Nenhum comentário ainda, seja o primeiro!