A China anunciou na última sexta-feira a criação do maior fundo de investimento em semicondutores do país, totalizando 344 bilhões de yuans (aproximadamente US$ 47,5 bilhões).
O chamado “Grande Fundo”, em sua terceira fase, visa impulsionar a auto-suficiência chinesa no setor, frente às crescentes sanções tecnológicas impostas pelos Estados Unidos.
O fundo contou com a participação de 19 investidores, liderados pelo Ministério das Finanças da China com uma participação de 17%.
]Entre os principais investidores estão também o China Development Bank Capital e o Shanghai Guosheng Group, além de contribuições significativas de importantes bancos chineses como o China Construction Bank e o Banco da China.
Esta nova etapa de financiamento surge como uma resposta direta às restrições de exportação dos EUA, que têm impactado negativamente o setor de semicondutores chinês.
O fundo mira o fortalecimento da cadeia de produção nacional, desde o design até a fabricação de chips, e também visa o desenvolvimento de tecnologias avançadas para reduzir a dependência de equipamentos estrangeiros.
As ações das principais fundições de chips da China, como a Semiconductor Manufacturing International Corp (SMIC) e a Hua Hong Semiconductor, viram um aumento significativo após o anúncio, refletindo a confiança do mercado no potencial de crescimento da indústria chinesa de semicondutores.
O “Grande Fundo” já arrecadou bilhões desde sua primeira fase em 2014, apesar de ter enfrentado desafios, incluindo escândalos de corrupção que resultaram em investigações de executivos seniores.
A iniciativa ressalta os esforços contínuos de Pequim para alcançar uma indústria de semicondutores robusta e autossuficiente, crucial para a sua estratégia de desenvolvimento tecnológico e econômico.
Com informações da SCMP
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