Guilherme Derrite, Secretário de Segurança de São Paulo, foi investigado em relação a 16 homicídios ocorridos durante operações policiais em que esteve envolvido, conforme revela reportagem da revista Piauí divulgada nesta sexta-feira.
O levantamento jornalístico baseia-se na certidão criminal que Derrite apresentou ao Tribunal Superior Eleitoral durante sua candidatura a deputado federal.
A revista Piauí obteve acesso aos seis inquéritos que detalham a participação de Derrite em diversas intervenções policiais ao longo de três anos e nove meses, resultando em dez mortes.
Uma operação adicional, que não constava na certidão entregue ao TSE, resultou em mais seis mortes e a prisão de três policiais militares por tortura e assassinato.
Os inquéritos investigaram a presença de Derrite nas ações, mas ele nunca foi formalmente acusado. Segundo os registros, as vítimas sempre reagiram atirando contra os policiais, porém, sem nunca acertá-los, e foram atingidas em órgãos vitais como coração e pulmão.
As vítimas eram predominantemente homens com antecedentes criminais, exceto um cujo histórico não foi confirmado.
A reportagem também menciona alegações de que Derrite teria sido parte de um grupo de extermínio conhecido como Eu Sou a Morte, em Osasco.
Essas alegações foram baseadas em depoimentos de Wallace Oliveira Faria, atualmente cumprindo uma pena de 102 anos de prisão. Faria alegou que as operações do grupo eram conduzidas sob o conhecimento e comando de Derrite.
Em resposta às acusações, o secretário de Segurança Pública expressou lamentação por “acusações infundadas” baseadas em denúncias de um criminoso condenado, destacando o desafio de confrontar tais afirmações no espaço público.
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