A Prefeitura de São Paulo rescindiu um contrato de R$ 40,1 milhões com o Grupo Safe, após descobrir a inexecução dos serviços acordados. O contrato, que começou em agosto de 2020 durante a administração de Bruno Covas (PSDB), terminou seis meses mais tarde. A informação é do jornal O Globo.
A empresa, pertencente a Vagner Borges Dias, conhecido como “Latrell Brito“, foi um dos focos de uma operação do Ministério Público de São Paulo (MP-SP) esta semana, que investiga um grupo suspeito de manipular licitações para beneficiar o PCC.
Grupo Safe havia ganhado seis dos nove lotes para manutenção e limpeza de Centros Educacionais Unificados (CEUs) e Centros Municipais de Educação Infantil (CEMEIs) em várias zonas da cidade, conforme o resultado de um pregão público realizado em 8 de maio de 2020.
No entanto, problemas começaram a surgir pouco após a assinatura do contrato. Relatos feitos ao Globo por escolas atendidas pela empresa em fevereiro de 2021 incluíam falta de insumos de limpeza, falta de equipamentos e uniformes para os funcionários, e atrasos salariais, provocando ameaças de demissão dos trabalhadores.
Devido às várias reclamações, a Secretaria de Educação convocou uma reunião urgente com o representante da empresa. Em 24 de fevereiro de 2021, a decisão foi tomada de rescindir o contrato.
A questão das multas ainda está pendente, com a seguradora da empresa de Borges Dias tendo reconhecido uma dívida de R$ 170 mil em multas, enquanto a prefeitura alega que o montante devido é maior, baseado em 20% do saldo restante do contrato.
As investigações continuam, com a prefeitura ainda tentando recuperar o valor devido em multas, e a Secretaria Municipal de Educação afirma que não há mais contratos vigentes com o Grupo Safe. Vagner Borges Dias é investigado por participação em um esquema de corrupção que favorecia licitações para atender aos interesses do PCC.
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