Em uma ação estratégica ocorrida nesta quarta-feira, 27, o governo transferiu os irmãos Chiquinho e Domingos Brazão, suspeitos no caso do assassinato da vereadora Marielle Franco (Psol), para penitenciárias federais em Campo Grande e Porto Velho, respectivamente.
A manobra, capturada por imagens da GloboNews, faz parte de uma tática do Ministério da Justiça que aplica a “teoria dos jogos”, visando estimular a colaboração dos detidos na elucidação do crime.
Essa abordagem sugere que, isolados, os suspeitos possam se sentir compelidos a cooperar com as autoridades, abrindo novas frentes na investigação do assassinato ocorrido em março de 2018.
A prisão dos Brazão, juntamente com o ex-policial militar Ronnie Lessa e o delegado da Polícia Civil Rivaldo Barbosa, decorreu de informações advindas da delação de Lessa, que admitiu ser o autor dos disparos que vitimaram Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes.
Lessa indicou os Brazão como mandantes do crime e Barbosa como responsável por garantir a impunidade nas investigações.
A colaboração de Lessa surgiu após a revelação de um acordo de delação premiada firmado por seu comparsa, Élcio de Queiroz, com a Polícia Federal, o que rompeu o pacto de silêncio entre os envolvidos.
Queiroz confirmou sua participação no crime, reforçando as acusações contra os irmãos Brazão e outros envolvidos. As transferências e delações representam um avanço significativo no caso que chocou o país e gerou clamor internacional por justiça.
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