Cientistas estão assustados e fazem um alarme com o aquecimento contínuo do Oceano Atlântico, particularmente em sua região tropical, abrangendo desde o Caribe e o Nordeste do Brasil até o continente africano.
Atualmente, a temperatura do mar nessas áreas está próxima aos níveis típicos do verão no Hemisfério Norte, contrariando as expectativas para esta época do ano.
O Atlântico Norte mantém temperaturas em patamar recorde por um ano inteiro, transformando o que inicialmente parecia ser uma tendência temporária em uma constante preocupante.
Segundo Brian McNoldy, pesquisador climático da Escola Rosenstiel da Universidade de Miami, as condições atuais são “significativamente mais quentes do que em qualquer momento desta época do ano”, o que ele descreve como “profundamente preocupante”. A informação é do Portal Vox.
Este fenômeno indica um aquecimento global mais amplo, como evidenciado por um inverno atipicamente ameno nos Estados Unidos, descrito por muitos como o “ano sem inverno”.
A Terra registra nove meses consecutivos de recordes de temperatura global, e os oceanos alcançaram em fevereiro a maior média de temperatura já medida.
As causas exatas deste aquecimento anormal ainda são incertas, com várias hipóteses em discussão.
Entre elas, a redução da atividade dos ventos no Atlântico e a diminuição das emissões de enxofre por navios, que poderiam estar permitindo que os oceanos absorvam mais radiação solar.
Gavin Schmidt, diretor do Instituto Goddard de Estudos Espaciais da NASA, admitiu a complexidade da situação, afirmando a revista New Yorker que não conseguiu entender completamente o fenômeno desde seu início, em março do ano passado.
“Não sabemos realmente o que está acontecendo. E não sabemos realmente o que está acontecendo desde março do ano passado”, declarou.
“É como se todo o clima tivesse avançado cinquenta ou cem anos para a frente. Isso parece estranho”, completou.
O aumento do calor nos oceanos, estimado em nove zetajoules em 2023, poderia ter implicações significativas, incluindo uma temporada de furacões mais ativa do que o normal.
A combinação de altas temperaturas da superfície do mar com o fenômeno La Niña poderia resultar em uma temporada de furacões particularmente intensa.
Além disso, o aquecimento do Atlântico pode afetar o Brasil, intensificando as chuvas no Nordeste devido às chamadas ondas de Leste, que se deslocam do continente africano e interagem com as águas aquecidas, potencialmente levando a eventos climáticos extremos na região.
Com informações do MetSul
Eduardo
24/03/2024 - 15h47
Navios suspeitos…?????🤔🙄