Dados recentes divulgados pelo Instituto Nacional de Estatísticas e Censo (Indec) revelam que o Produto Interno Bruto (PIB) da Argentina registrou uma contração de 1,6% no último ano.
Em um contexto de dificuldades econômicas crescentes, a classe média argentina enfrenta a necessidade de reduzir despesas, abrangendo tanto itens considerados supérfluos quanto necessidades básicas, incluindo alimentos.
Sob a gestão do presidente Javier Milei, iniciada em dezembro, o país experimentou uma inflação acumulada superior a 70% até fevereiro, sem nenhum ajuste salarial correspondente.
No acumulado de 12 meses, a taxa de inflação aproximou-se de 280%, erodindo significativamente o poder de compra da população e afetando o consumo. A pobreza atualmente atinge uma proporção significativa dos argentinos, com um em cada seis vivendo nessa condição.
As medidas adotadas por Milei, incluindo cortes em subsídios para transporte, combustíveis e serviços, além da eliminação de regulamentações para contratos de locação e preços de serviços médicos privados, contribuíram para agravar a crise.
Uma desvalorização monetária de 50% logo após sua posse exacerbou a situação inflacionária. Como resultado, os salários sofreram uma depreciação de cerca de 18% em seu poder de compra, a maior queda em 21 anos, segundo o índice oficial RIPTE.
Com informações da AFP
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