Vítimas do trágico rompimento da barragem em Mariana, Minas Gerais, ocorrido em 2015, estão pleiteando compensação de aproximadamente 3 bilhões de libras esterlinas (cerca de 3,8 bilhões de dólares) em uma nova ação judicial contra as mineradoras Vale e Samarco.
O processo foi instaurado na Holanda, representando quase 1.000 empresas e mais de 77.000 indivíduos afetados pelo desastre. A iniciativa é liderada pela Stichting Ações do Rio Doce, uma fundação sem fins lucrativos baseada na Holanda.
A ação é movida pelas firmas jurídicas Lemstra Van der Korst, da Holanda, e Pogust Goodhead, do Reino Unido, que anteriormente havia aberto processo similar contra a BHP, mineradora australiana que, junto à Vale, detém a Samarco. Até o momento, a Vale não se manifestou sobre o processo.
O rompimento da barragem resultou em um dos maiores desastres ambientais do Brasil, com um vazamento de lama que deixou 19 mortos e vasta poluição no Rio Doce, afetando o ecossistema até a foz no Oceano Atlântico.
Um juiz federal no Brasil já havia determinado, em decisão deste ano, que Vale, BHP e a joint venture Samarco devem pagar 47,6 bilhões de reais em compensações relacionadas ao rompimento. Entretanto, essa decisão não abrangeu indenizações individuais, o que motivou a nova ação na Holanda, específica contra a Vale e a subsidiária holandesa da Samarco, Samarco Iron Ore Europe BV.
Com informações da Reuters
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