O jurista Lênio Streck destacou a importância do depoimento do general Marco Antônio Freire Gomes, ex-comandante do Exército no governo Bolsonaro em 2022, à Polícia Federal, como um elemento crucial na investigação de uma tentativa de golpe de Estado.
“Coisa inusitada em países com constituições democráticas: O próprio comandante do Exército (Freire Gomes) dá o testemunho. Ninguém em sã consciência pode imaginar um testemunho mais fidedigno para provar a urdidura de um golpe de Estado”, declarou.
“O sonho de qualquer Promotor no mundo, para embasar uma denúncia criminal de tentativa de golpe de estado, é o de ter um testemunho dado pelo comandante do exército do governo golpista. Fosse no curso de arbitragem de futebol, seria o pênalti de carteirinha: o zagueiro segura a bola com as duas mãos no meio da área”, emendou.
Freire Gomes forneceu detalhes significativos sobre reuniões no Palácio da Alvorada, que incluíram discussões sobre estratégias para impedir a posse do presidente eleito, Lula (PT).
Este testemunho é considerado pelos investigadores e aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro como o relato mais grave obtido até o momento, revelando que Bolsonaro e o ex-ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira discutiram uma minuta com propostas que poderiam configurar uma tentativa de golpe.
O documento incluía a possibilidade de acionar mecanismos como Garantia da Lei e da Ordem (GLO), Estado de Defesa e Estado de Sítio para interferir no processo eleitoral.
Streck comparou a relevância desse depoimento a um “pênalti de carteirinha” em termos de evidência para sustentar uma acusação criminal de tentativa de golpe, ressaltando a posição do comandante do Exército como testemunha de extrema credibilidade nesse contexto.
O caso continua a ser um dos pontos centrais nas investigações sobre as ações do governo Bolsonaro em relação ao processo eleitoral de 2022.
Zulu
17/03/2024 - 14h16
Lenio Streck…kkkkkkkk
Por curiosidade, que dia aconteceu esse golpe com um pedaço de papel ?
Porquê seria o primeiro na história da humanidade pelo que sei…