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Banco dos EUA aposta que Embraer vai tomar o reinado da Boeing-Airbus

Em um relatório recente divulgado pelo Morgan Stanley, a Embraer é destacada como um importante concorrente no mercado de aeronaves comerciais, posicionando-se como o terceiro player principal, desafiando o domínio de longa data de Boeing e Airbus. Este reconhecimento marca um ponto de virada significativo para a empresa brasileira, que viu suas ações saltarem quase […]

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Em um relatório recente divulgado pelo Morgan Stanley, a Embraer é destacada como um importante concorrente no mercado de aeronaves comerciais, posicionando-se como o terceiro player principal, desafiando o domínio de longa data de Boeing e Airbus.

Este reconhecimento marca um ponto de virada significativo para a empresa brasileira, que viu suas ações saltarem quase 10%, alcançando o valor mais alto em oito anos. O banco ajustou para cima o preço-alvo das ações da Embraer e agora a considera a principal escolha no setor aeroespacial global.

O relatório de 34 páginas elaborado pelos analistas liderados por Kristine Liwag aponta que, diante da demanda crescente por aeronaves e dos desafios enfrentados por seus principais concorrentes, a Embraer emerge como a mais preparada para aproveitar as oportunidades do mercado.

A análise destaca os problemas de produção e entrega enfrentados pela Boeing, além da capacidade de produção já maximizada da Airbus até o final da década.

Além disso, o documento relembra a tentativa fracassada de fusão entre a Embraer e a Boeing em 2018, que foi cancelada em 2020, um movimento que, em retrospectiva, se mostrou vantajoso para a Embraer.

O relatório enfatiza o sucesso previsto para a Embraer após múltiplos ciclos de investimento destinados a expandir e aprofundar seu portfólio de produtos.

A Embraer, com sede em São José dos Campos (SP), tem diversificado sua oferta com novos modelos nas áreas de aviação comercial, executiva e defesa, além de expandir suas capacidades em manutenção e serviços.

Segundo o Morgan Stanley, todas as previsões financeiras para a empresa foram revisadas para cima, indicando uma projeção de receita e geração de caixa substancialmente mais altas para o período de 2023 a 2028.

Este otimismo é refletido na reajuste do preço-alvo das ADRs da Embraer, que passou de US$ 19 para US$ 40.

A empresa está programada para divulgar seus resultados financeiros do quarto trimestre em 18 de março. As ações da Embraer negociadas tanto na bolsa americana quanto na B3 no Brasil apresentaram significativas altas.

O relatório também menciona outros fatores positivos que podem impulsionar ainda mais a performance da Embraer, incluindo a resolução de uma arbitragem com a Boeing, a expectativa do retorno da empresa como pagadora de dividendos em 2025, e um aumento nos pedidos para aviação comercial e defesa.

Finalmente, o Morgan Stanley destaca a transformação estratégica da Embraer, de um período de intensos investimentos para um momento de colheita dos frutos desses aportes, ressaltando a capacidade da empresa de competir de igual para igual com gigantes estabelecidos como Boeing e Airbus.

A recente encomenda de 90 aeronaves E175 pela American Airlines, com opção para mais 43, evidencia uma mudança na demanda por aviões da Embraer, sinalizando um futuro promissor para a empresa no cenário aeroespacial global.

Com informações da Exame

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