Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, prestou depoimento à Polícia Federal (PF) por mais de oito horas, focando em temas críticos como o plano golpista, o escândalo das joias, a falsificação de registro de vacinas e a existência de uma “Abin paralela“.
Este depoimento visou esclarecer dúvidas remanescentes de oitivas anteriores sobre a trama golpista, conforme reportagem de Caio Junqueira na CNN.
Durante a oitiva, Cid foi questionado sobre seu conhecimento a respeito de um suposto plano de Bolsonaro para permanecer no poder após a derrota nas eleições de 2022.
Ele reiterou sua versão de que foi discutida uma minuta para declarar estado de defesa, mas negou que isso configurasse um planejamento para um golpe de Estado.
O militar mencionou que, após as eleições, Bolsonaro se encontrou com generais, embora tenha negado sua participação em reuniões onde teriam sido debatidos os termos de um possível golpe.
Informações obtidas pela própria CNN indicam que Cid confirmou a oposição do general Freire Gomes, então comandante do Exército, à declaração de um estado de defesa proposto na “minuta do golpe“.
O depoimento de Cid alinha-se com outros já realizados pela PF, incluindo os de Freire Gomes e do ex-comandante da Aeronáutica, brigadeiro Carlos Baptista Junior, consolidando a fase investigativa.
A Polícia Federal planeja convocar Cid para novos depoimentos nos próximos meses e prepara uma comitiva para visitar os Estados Unidos em busca de mais evidências, especialmente relativas ao escândalo das joias.
A colaboração de Cid, considerada satisfatória pelos investigadores, continua essencial para o andamento das investigações.
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