Um levantamento recente realizado pela GloboNews e pelo g1, baseado em dados do Grupo de Atuação Especial da Segurança Pública e Controle Externo da Atividade Policial (Gaesp), do Ministério Público Estadual, revelou que o número de mortes causadas por policiais militares no estado de São Paulo aumentou 94% no primeiro bimestre de 2024, em comparação ao mesmo período de 2023.
Durante o primeiro ano de gestão de Tarcísio de Freitas (Republicanos) como governador do estado, o número de fatalidades saltou de 69 para 134.
O Fórum Brasileiro de Segurança Pública expressou preocupação com o crescimento significativo de mortes decorrentes de intervenções policiais.
Samira Bueno, diretora-executiva do Fórum, destacou a alarmante situação e mencionou o impacto particularmente negativo da Operação Verão na Baixada Santista, referindo-se a ela como uma forma de “operação vingança” após o assassinato do soldado Cosmo.
A Secretaria da Segurança Pública de São Paulo, sob comando de Guilherme Derrite, respondeu às indagações sobre o relatório, afirmando que não comenta pesquisas com metodologias que desconhece. A nota da secretaria salientou que a escolha pelo confronto parte sempre do suspeito, colocando em risco tanto a vida dos policiais quanto da população.
O aumento nas mortes atribuídas a policiais militares em serviço foi particularmente notável, registrando um crescimento de 129% (de 49 para 112 mortes) entre os primeiros bimestres de 2023 e 2024. As fatalidades envolvendo policiais de folga também cresceram, apresentando um aumento de 10% (de 20 para 22 mortes).
Os dados do Gaesp apontam que fevereiro de 2024 teve uma letalidade policial ainda maior do que janeiro, com 79 pessoas mortas pela PM, representando um aumento de 147% em comparação às 32 mortes de fevereiro de 2023. Enquanto isso, em janeiro de 2024, foram registradas 55 mortes pela PM, um aumento de 49% em relação às 37 mortes de janeiro do ano anterior.
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