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Holanda se ajoelha aos EUA e coloca restrições para exportação de chips para China

O governo holandês anunciou este mês novas restrições à exportação de tecnologia avançada de fabricação de semicondutores para a China, com o objetivo de prevenir o uso dessa tecnologia em aplicações militares. Em comunicado ao parlamento, o Ministro do Comércio Geoffrey van Leeuwen destacou que as medidas visam especificamente a ASML, líder mundial na produção […]

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REUTERS/Eva Plevier

O governo holandês anunciou este mês novas restrições à exportação de tecnologia avançada de fabricação de semicondutores para a China, com o objetivo de prevenir o uso dessa tecnologia em aplicações militares.

Em comunicado ao parlamento, o Ministro do Comércio Geoffrey van Leeuwen destacou que as medidas visam especificamente a ASML, líder mundial na produção de equipamentos de litografia, essenciais para a fabricação de chips avançados.

Van Leeuwen enfatizou que a China busca adquirir conhecimento estrangeiro especializado, incluindo tecnologia holandesa, para avançar sua auto-suficiência em desenvolvimento técnico-militar.

As restrições recentes buscam limitar o acesso da China a semicondutores que poderiam ser utilizados em sistemas de armas e armas de destruição em massa.

No ano passado, os Países Baixos alinharam-se aos esforços dos Estados Unidos para conter o avanço tecnológico de Pequim, exigindo licenças para exportar máquinas de litografia de ultravioleta profunda (DUV) de gama média da ASML.

As ferramentas EUV (ultravioleta extremo) da ASML, mais avançadas, nunca foram vendidas para a China, destacando o controle estrito sobre a exportação de tecnologias críticas.

A discussão foi reacendida após o Ministro do Comércio responder a questionamentos da legisladora Femke Zeedijk sobre a concessão e subsequente revogação de licenças de exportação para a ASML, indicando uma posição firme do governo em relação à segurança nacional e à não proliferação de tecnologias sensíveis.

Apesar das restrições, a ASML reportou expectativas de vendas “sólidas” na China para 2024, refletindo a complexidade do mercado global de semicondutores.

A empresa, no entanto, reconheceu que a expansão das restrições à China representa um risco empresarial, além da ameaça de concorrentes impulsionados pela busca de auto-suficiência.

A decisão holandesa reflete as crescentes tensões geopolíticas no setor de tecnologia, com implicações significativas para a cadeia global de suprimentos de semicondutores e para as estratégias de desenvolvimento tecnológico de países como a China.

Com informações da Asia Financial

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Paulo Werneck

21/02/2024 - 19h51

É apenas mais um episódio da Europa se tornando cada vez mais colônia dos EUA.
Além da vassalagem, é medida inútil.
A China já é quem mais registra patentes no mundo.
Além disso, já superou o passado de fome, de ignorância.
A quantidade de chineses estudando em universidades, mesmo que represente uma fração percentualmente menor que no ex-primeiro mundo, em números absolutos é uma quantidade muito grande, geeando uma massa crítica que será insuperável.
Quanto mais restringirem, mais incentivarão o desenvolvimento local.
Depois não reclamem.


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