Jogo sujo: Israel usa vítima do Hamas para atacar Lula e o governo brasileiro

O ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, reagiu às declarações do presidente brasileiro Lula, que criticou a ação militar de Israel na Faixa de Gaza, referindo-se a ela como genocídio. Mais de 29 mil palestinos foram reportados mortos em ataques que o líder brasileiro comparou às atrocidades nazistas.

Katz, que já havia criticado Lula anteriormente, utilizou um vídeo de Rafaela Triestman, uma brasileira presente no festival de música Nova durante um ataque surpresa do Hamas em 7 de outubro de 2023, para rebater as acusações. No vídeo, Triestman relata o trauma vivido, incluindo a perda de seu namorado.

Em suas redes sociais, Katz dirigiu-se diretamente a Lula, citando a comparação feita pelo presidente brasileiro entre as ações israelenses e os crimes nazistas, e apresentou o depoimento de Triestman como uma perspectiva que Lula deveria considerar.

Desde o início do conflito em 7 de outubro, o governo de Benjamin Netanyahu tem sido responsabilizado pela morte de quase 30 mil palestinos, a maioria mulheres e crianças, além de ferir 70 mil, deslocar 1,5 milhão de pessoas e destruir habitações e infraestrutura em Gaza.

Apesar das críticas internacionais e da condenação por parte de Lula, alguns grupos, como rabinos judeus ortodoxos do Torah Judaism, apoiam as declarações do presidente brasileiro, considerando as ações de Netanyahu mais graves que as práticas nazistas.

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