A Prefeitura de Niterói, através da Secretaria Municipal de Saúde, implementou uma série de medidas que resultaram na estabilidade dos casos de arboviroses na cidade, mantendo a incidência em apenas 0,9 por cem mil habitantes.
Enquanto na cidade vizinha, a capital Rio de Janeiro, apresenta uma situação crítica, com uma incidência de 3,9 mil casos por cem mil habitantes.
A estratégia de Niterói inclui a atuação de fiscais sanitários em vistorias de imóveis abandonados e o trabalho contínuo do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), que abrange a prevenção e o combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor das arboviroses, em 205 mil imóveis da cidade.
Segundo a Prefeitura, cerca de 300 servidores estão engajados nesta iniciativa, visitando diariamente 5 mil imóveis e realizando mutirões de combate ao mosquito nos finais de semana.
Além das ações de campo, o CCZ promove atividades educativas de prevenção nas escolas e em parceria com o Programa Médico de Família.
A secretária municipal de Saúde de Niterói, Anamaria Schneider, destaca o empenho dos agentes do CCZ e a colaboração com a Fiocruz no Projeto Wolbachia, que visa a introdução de mosquitos com capacidade reduzida de transmissão de vírus.
“Esse trabalho que é feito de combate às arboviroses é fruto da dedicação dos nossos agentes”, destacou a secretária.
“É um trabalho de prevenção que também passa pelas atividades de conscientização desenvolvidas em palestras lideradas por esses profissionais em unidades de saúde, escolas e também nas praças da cidade”, explica.
“Vale destacar ainda que através do Projeto Wolbachia, em parceria com a Fiocruz, se mantém um cenário positivo dos casos das doenças causadas pelo mosquito Aedes aegypti”, completa.
Niterói se tornou a primeira cidade brasileira a ter 100% do seu território coberto pelo método Wolbachia, com resultados significativos na redução de casos de dengue, chikungunya e zika.
O secretário-executivo e ex-prefeito de Niterói, Rodrigo Neves (PDT), comemorou o resultado positivo e eficaz do método adotado pela cidade e lembrou que o Projeto Wolbachia deu os primeiros passos ainda durante sua gestão, em 2014.
“Graças a uma iniciativa de nosso governo em 2014 em parceria com a Fiocruz, assim como fizemos na pandemia, com objetivo de garantir saúde e salvar vidas dos niteroienses”, declarou.
O monitoramento contínuo e a soltura de mosquitos com Wolbachia em áreas não cobertas anteriormente garantem a sustentabilidade do método.
A Secretaria Municipal de Saúde relatou uma significativa diminuição nos casos de dengue desde a implementação do projeto, com apenas 9 casos confirmados até o momento.
Este sucesso é atribuído à combinação de estratégias de combate, monitoramento e educação, reforçando o compromisso de Niterói com a saúde pública e a prevenção de doenças transmitidas por mosquitos.
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