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Rússia cresceu mais que EUA e Europa em 2023, apesar das sanções

Em um cenário global marcado por tensões geopolíticas e sanções econômicas, a economia da Rússia registrou um surpreendente crescimento de 3,6% em 2023. Este desempenho coloca a nação à frente dos Estados Unidos e da Europa em termos de expansão econômica, apesar do isolamento de importantes mercados globais e da aplicação de sanções econômicas abrangentes. […]

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REPRODUÇÃO/TCN

Em um cenário global marcado por tensões geopolíticas e sanções econômicas, a economia da Rússia registrou um surpreendente crescimento de 3,6% em 2023.

Este desempenho coloca a nação à frente dos Estados Unidos e da Europa em termos de expansão econômica, apesar do isolamento de importantes mercados globais e da aplicação de sanções econômicas abrangentes.

Segundo o Rosstat, o Serviço Federal de Estatísticas do Estado da Rússia, este crescimento reverte a tendência de contração de 1,2% observada no PIB em 2022. T

al contração ocorreu no contexto de sanções punitivas impostas por uma coalizão de países ocidentais, liderada pelos Estados Unidos, em resposta às ações militares russas na Ucrânia.

A economia russa, impulsionada significativamente por aumentos nos gastos militares ligados à contínua invasão da Ucrânia, levanta questionamentos sobre a sustentabilidade desse crescimento.

Especialistas apontam para os possíveis efeitos colaterais, como a inflação, que apesar de ter caído de 11,9% em 2022 para 7,4% em 2023, permanece relativamente alta.

O presidente Vladimir Putin, enfrentando eleições em março, destacou a transição bem-sucedida da economia russa para uma maior auto-suficiência e o estabelecimento de novas parcerias comerciais, distanciando-se dos mercados ocidentais.

Economistas, como Howard J. Shatz, da RAND Corp., observam que a fonte do crescimento econômico russo reside nos gastos governamentais, especialmente no setor militar, mas questionam até que ponto essa estratégia é viável a longo prazo.

O Banco Central da Rússia, preocupado com a pressão inflacionária, elevou as taxas de juro para cerca de 16% numa tentativa de conter a inflação.

As sanções econômicas impostas pelo Ocidente desde o início de 2022 visam reduzir a capacidade russa de financiar sua máquina de guerra. Apesar disso, a Rússia conseguiu mitigar algumas das consequências econômicas, expandindo significativamente o comércio com a China e outros parceiros não ocidentais.

A União Europeia, por sua vez, está em processo de negociação do 13º pacote de sanções contra a Rússia, esperando concluir as negociações até 24 de fevereiro, marcando o segundo aniversário da invasão russa à Ucrânia.

Para a população russa, especialmente nas grandes cidades, o impacto das sanções na vida cotidiana tem sido limitado.

A inflação, embora alta, foi parcialmente compensada por salários mais elevados e baixo desemprego. Produtos ocidentais foram substituídos por equivalentes chineses, e estratégias para contornar as sanções têm sido eficazes.

No entanto, a situação é diferente nas regiões mais afastadas dos grandes centros urbanos, onde a escassez de produtos e os efeitos das sanções são mais sentidos.

O governo russo sustentou o crescimento econômico por meio de um aumento significativo nos gastos públicos, especialmente em defesa e apoio social, financiando estas despesas através de receitas fiscais aumentadas, uso do fundo nacional de riqueza e empréstimos, resultando em um défice público historicamente elevado.

Este panorama complexo da economia russa em 2023 destaca a resiliência e os desafios enfrentados pelo país em meio a um ambiente global de sanções e pressões geopolíticas, levantando questões sobre a sustentabilidade de seu crescimento econômico no longo prazo.

Com informações da Voa News

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