Cientistas do Laboratório de Pesquisa Helmholtz-Zentrum Dresden-Rossendorf (HZDR), localizado na Alemanha, inovaram com a criação de um chip capaz de identificar até 32 patógenos de forma simultânea.
O dispositivo, do tamanho da palma da mão e similar em funcionalidade a biossensores de ponta empregados em laboratórios de patologia, foi desenvolvido com materiais acessíveis.
A tecnologia emprega transistores de efeito de campo (FET) para a detecção de patógenos, baseando-se na corrente elétrica específica gerada por cada um.
O chip foi testado com sucesso utilizando a interleucina-6 (IL-6), uma substância produzida pelo sistema imunológico em resposta a lesões teciduais, inflamações e certos tipos de câncer.
Os resultados alcançados pelo chip são comparáveis aos de biossensores avançados, prometendo avanços significativos no acompanhamento de imunoterapias para pacientes com câncer e na avaliação da progressão de doenças virais.
O estudo que detalha essa inovação foi publicado na revista *Biosensors and Bioelectronics*.
Segundo Larysa Baraban, autora correspondente do estudo, a escolha da interleucina-6 como biomarcador se deve à sua relevância em diferentes doenças e estágios de progressão, o que torna o dispositivo extremamente útil para diagnósticos clínicos precisos.
“Diferentes doenças, bem como diferentes estágios de uma doença, produzem diferentes quadros clínicos. É por isso que a IL-6 é muito adequada como marcador”, explicou.
Este avanço representa um passo significativo na tecnologia de diagnóstico, com potencial para melhorar substancialmente o monitoramento e tratamento de diversas condições de saúde.
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