Na manhã desta quinta-feira, 8, a Polícia Federal conduziu uma operação na casa de veraneio de Jair Bolsonaro (PL), localizada na vila de Mambucaba, em Angra dos Reis, marcando a segunda visita da corporação ao local em menos de 15 dias.
Bolsonaro é investigado como líder de uma organização criminosa que planejou uma tentativa de golpe de Estado.
Em declaração à jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo, o ex-presidente expressou sua frustração: “Saí do governo há mais de um ano e sigo sofrendo uma perseguição implacável”.
Ele também solicitou brevemente a interrupção da ligação para se informar sobre a operação, que inclui 4 mandados de prisão, 33 de busca e apreensão, e 48 medidas cautelares, como a proibição de contato com outros investigados, a proibição de sair do país com entrega obrigatória dos passaportes em 24 horas, e a suspensão de funções públicas.
A ordem para que Bolsonaro entregasse seu passaporte em 24 horas partiu de um mandado expedido por Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), com o intuito de prevenir uma possível fuga do país.
Os ex-ministros Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional) e Walter Braga Netto (Casa Civil), além de Valdemar da Costa Neto, presidente do PL, e o general Paulo Sergio Nogueira de Oliveira, ex-ministro da Defesa, estão entre os alvos desta operação.
O coronel Marcelo Câmara, auxiliar de Mauro Cid, e Felipe Martins, ex-assessor especial da Presidência, foram presos, com a PF executando ainda outros dois mandados de prisão.
Esta operação visa desmantelar a organização criminosa acusada de tentar um golpe de Estado e abolir o Estado Democrático de Direito, buscando vantagem política para manter o então presidente no poder.
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