O Ministro dos Transportes, Renan Filho, destacou em recente entrevista a Folha que a construção do trem de alta velocidade ligando Rio de Janeiro e São Paulo será de responsabilidade do concessionário privado.
“O trem-bala é uma autorização. Eu não tenho responsabilidade de fazer, quem tem é o setor privado. Se ele for lá para o fundo árabe de investimento e quiser botar dinheiro, ele faz”, afirmou o ministro.
Em outra conversa com o jornal O Globo, Renan Filho mencionou que, após a autorização concedida pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) em 2023, a empresa responsável pelo projeto terá até três anos para desenvolver um projeto de engenharia e adquirir as licenças necessárias.
A proposta do Trem de Alta Velocidade (TAV) ainda está em estágio inicial, mas já se sabe que o percurso planejado difere do proposto em 2010, incluindo quatro paradas: Zona Norte de São Paulo, São José dos Campos, Volta Redonda e Rio de Janeiro.
A maioria do trajeto será construída na superfície, com a implementação de túneis em áreas urbanas para reduzir o impacto ambiental e social.
Na Região Metropolitana de São Paulo, estão previstos três trechos subterrâneos significativos, medindo 3,5 km em Áruja, 8,5 km em Guarulhos e 20 km na cidade de São Paulo.
Ligeiro
04/02/2024 - 09h20
“O trem-bala é uma autorização. Eu não tenho responsabilidade de fazer, quem tem é o setor privado. Se ele for lá para o fundo árabe de investimento e quiser botar dinheiro, ele faz”, afirmou o ministro.
Realidade: o operador privado não vai nem querer fazer nada dado o histórico antigo das operações concessionadas de transporte público. Ou corre o risco da CCR ganhar e tomar a linha ferroviária comum entre São Paulo e Rio, e bem, vocês já sabem vendo a linha 8 e 9, né?
Novamente: quaisquer propaganda sobre readequação ferroviária no Brasil, serei cético.
Quanto aos túneis: não creio que tem espaço para isso em SP – já pensaram em fazer um túnel para a passagem de cargueiros, mas desistiram. E não há problema se realocar o ponto do serviço em algum local diferente ao invés do centro, desde que se planeja a integração ferroviária – ou seja, o sistema de alta velocidade esteja com conexões para a mobilidade ferroviária de São Paulo – basta instalar o serviço e as pessoas irão. São Paulo está saturada e não tem muito espaço para construções, fora que mesmo tentativas de mudar a área central sofre com questões sociais – a favela do Moinho por exemplo, esta que poderia ser uma área para realocar as linhas ferroviárias, mas infelizmente não houve um tratamento justo a quem antes morava na comunidade e a mesma aumentou de tamanho novamente.
Entre a Luz e a Lapa, além da Favela do Moinho, existem outras áreas que estão entre as duas vias principais ferroviárias (a 8 e a 7). Tal área poderia ter servido (no passado) para integrar as linhas ferroviárias e criar estações intermediárias – já existia um projeto e se chamava “integração centro”. Infelizmente não foi para frente tal ideia. Além de outras ideias já planejadas pela prefeitura e estado para mudanças nas áreas, o que não ocorreu.
Readequar a área para uma futura estação da linha de alta velocidade não seria uma má ideia. É a única restante e deveria ser aproveitada.
Paulo
02/02/2024 - 23h57
20 km de túneis só na área metropolitana de São Paulo? Não sei se é necessário. Já há linha férrea de superfície entre as duas cidades…Sinto que não viverei para “tomar um chopes e comer dois pastel” em Copacabana e voltar pra casa no mesmo dia…