O General Augusto Heleno, que foi Ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), foi convocado para prestar depoimento sobre um alegado esquema de espionagem na Agência Brasileira de Inteligência (Abin).
A convocação, feita pela Polícia Federal (PF) nesta terça-feira, 30, está relacionada à investigação de atividades clandestinas supostamente ordenadas pelo então diretor da Abin, Alexandre Ramagem.
O depoimento está agendado para a próxima terça-feira, 6, na sede da PF em Brasília, onde Heleno irá depor perante a equipe responsável pelo inquérito.
A investigação visa determinar se o general tinha conhecimento e participava das supostas atividades ilegais de espionagem conduzidas por Ramagem, considerando que a Abin estava subordinada ao GSI sob a liderança de Heleno.
Fontes da PF indicam que há elementos no inquérito, que ainda se mantém sob sigilo, sugerindo o conhecimento e possível incentivo do general Heleno em relação a essas ações.
A operação que resultou na convocação de Heleno é uma sequência de outra realizada na quinta-feira, 25, na qual Alexandre Ramagem foi alvo de buscas.
Durante essa ação, foram apreendidos seis celulares e dois notebooks, sendo um deles propriedade da Abin.
Os mandados para essa operação foram expedidos pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
A decisão aponta que Ramagem teria utilizado a Abin para realizar espionagem ilegal em favor da família do ex-presidente Bolsonaro, com foco em autoridades e adversários políticos.
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