Ah, quem dera que isso acontecesse! Mas receio que Bandeira de Mello tenha razão: a grande mídia conservadora ainda é muito poderosa, e uma ação de impeachment de Barbosa teria dificuldade de prosperar porque contaria com uma oposição ferocíssima dos meios de comunicação.
O dia que Barbosa sair do Supremo, a parte do Brasil que não sofreu lavagem cerebral da Globo irá sair em festa pelas ruas. Só de pensar que essa besta fera pode permanecer à frente da mais alta corte do país durante todo o processo eleitoral, tenho calafrios.
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Bandeira de Mello ao 247: “impeachment faria bem”
247 – O jurista Celso Bandeira de Mello, um dos mais respeitados do País, está estarrecido com as atitudes recentes de dois ministros do Supremo Tribunal Federal: Gilmar Mendes e Joaquim Barbosa. Ambos, na sua visão, estão desmoralizando o Poder Judiciário e mereceriam até sofrer processos de impeachment. “Serviria de alerta a comportamentos extravagantes numa suprema corte”, diz ele, em entrevista exclusiva ao 247.
Bandeira de Mello, no entanto, duvida que iniciativas nessa direção prosperem. “A chance seria de um em um zilhão, porque, infelizmente, quem governa o Brasil ainda é a grande mídia conservadora”. A prova concreta seria o julgamento da Ação Penal 470, onde o comportamento dos ministros foi pautado pela agenda e pelos interesses políticos desses grupos. “O STF foi apenas a longa manus dos meios de comunicação”, diz ele. Como um pedido de impeachment teria que transitar pelo Senado, a chance seria remotíssima.
Bandeira de Mello ficou chocado com atitudes recentes dos dois ministros mais polêmicos do STF. No caso de Gilmar, o que o incomodou foi a contestação da vaquinha feita por militantes do PT a réus como José Genoino e Delúbio Soares. “Uma das primeiras coisas que um juiz aprende é que só se fala nos autos, até para que opiniões publicadas não comprometam a isenção, a sobriedade e a equidistância em julgamentos futuros”, afirma. “Gilmar não apenas fala, mas age como um político”.
O jurista diz ainda que, ao enviar uma carta irônica ao senador Eduardo Suplicy, sugerindo que o PT devolvesse R$ 100 milhões ao País, Gilmar “desbordou”. “Agiu muito mal e de maneira muito distante do que se espera de um juiz”. Em tese, ele deveria até ser declarado suspeito no julgamento dos embargos infringentes, em que estarão sendo julgados direitos de réus como o próprio Delúbio.
Sobre Joaquim Barbosa, Bandeira de Mello diz ser mais “indulgente”, até porque a própria mídia estaria a cobrar uma definição sobre se ele seguirá ou não por um caminho político. Mas afirma que ele não é juiz. “Seu comportamento é de evidente perseguição a alguns réus, especialmente ao ex-ministro José Dirceu”, afirma. Segundo Bandeira de Mello, ao revogar uma decisão anterior de Ricardo Lewandowski e ignorar a recomendação do Ministério Público para que José Dirceu pudesse trabalhar, Barbosa agiu “de maneira muito estranha para um magistrado”. “Como pode um juiz, presidente de uma suprema corte, suprimir direitos e garantias de um cidadão brasileiro?”, questiona.
Bandeira de Mello avalia que Barbosa se encantou pelos elogios de parte da grande imprensa, que o trata como herói. “A grande imprensa no Brasil representa os interesses mais conservadores e tem ainda o papel de domesticadora das classes populares”, afirma.
Embora diga nunca ter presenciado uma degradação institucional tão profunda no Brasil, com a desmoralização completa do Poder Judiciário – mais “no meio jurídico do que na mídia” –, ele aposta que o País poderá sair do atoleiro. “Tudo dependerá das próximas nomeações”.
Bandeira de Mello afirma que a presidente Dilma Rousseff acertou na escolha dos ministros Teori Zavascki e Luís Roberto Barroso. Diz ainda que outros que já estiveram no STF, mas votavam de modo conservador, como Cezar Peluso, eram juízes – o que não seria o caso, segundo Bandeira de Mello, dos “políticos” Gilmar Mendes e Joaquim Barbosa. “Com nomeações acertadas no futuro, o supremo poderá restaurar sua dignidade”, diz o jurista.
Sergio Melo
03/05/2014 - 07h22
Já somos uma Venezuela, caminhando firme para ser uma Cuba. E quem deveria ajudar o País a se tornar melhor, se coloca contra um Homem de bem, como o Barbosa. É o fim do mundo.
Sergio Melo
02/05/2014 - 02h12
Este senhor está dando Bandeira. Joaquim Barbosa é amado pelos brasileiros honestos.
Miguel do Rosário
02/05/2014 - 10h00
os mesmos honestos que apoiariam a ditadura, os mesmos que apoiariam mussolini e hitler
Denise
17/02/2014 - 12h11
Como se faz para, após essa atitude vexatória de Gilmar e Barbosa, torná-los impedidos no caso dos infringentes? Alguém sabe o que fazer para isso?
Ailton C
16/02/2014 - 22h22
Dr. Bandeira, não se preocupe! A batata tá assando!
Quando a Itália, solicitar do STF, que explique que a VIsa é uma empresa pública brasileira tudo cairá por terra.
Francisco Belgo
16/02/2014 - 23h33
Carlos Henrique Passos Cardoso, acionar o Judiciário é um direito público e subjetivo de qualquer cidadão e está inserido no art. 5º, XXXV da CF. Ironicamente, apesar da chamada do texto afirmar que o Bandeira de Mello “pediu” ou que ele “pedirá” o impeachment dos citados ministros, lendo-se o citado artigo, vê-se que ele critica a “tal mídia”, mas a declaração dele é um ótimo exemplo justamente disso, o seja, “mídia”. Ele fala e fala, mas, o conteúdo da crítica é simplesmente político. Raciocine comigo. . . se ele próprio afirma que um pedido de impeachment não prosperaria, então, porque fala em impeachment. . . ou será que, já sabendo disso, ele, simplesmente, dá um verniz jurídico-intelectual à sua fala, para agradar ao seu público, mas, se protege, do outro lado, para não ser cobrado a tornar realidade a sua ameaça. . . . ahahahahha. Pobre país esse nosso, em que as “elites” da classe média não conseguem sequer compreender racionalmente aquilo que leem. De fato, o PT é o partido mais adequado ao Brasil, porque suas elites partidárias são as mais inteligentes na manipulação dos discursos, cada um deles, bem apropriado ao público a que destina.
Norberto Palacios
16/02/2014 - 22h57
Barbosa e Gilmar, dois grandes respresentantes dum passado que precisa passar: da Casa Grande, dos coronéis, dos dono do Brasil…
Paulo GCS
16/02/2014 - 15h28
9,965 assinaturas. Vamos chegar a 10.000.
https://secure.avaaz.org/po/petition/Senado_Federal_Impeachment_de_Joaquim_Barbosa/?wyowTab
Ailton C
16/02/2014 - 22h28
Oi Paulo.
Também entrei nessa e fui pesquisar. Nenhuma ação será efetivada sem o rigor e identificação dos integrantes.
Foi ultrapassado os 10000 que foi completada agora à pouco com a assinatura de dois “ministros”, Fux e Gilmar.
Infelizmente o que devemos receber já, já, é um pedido de contribuição, de resto…
Carlos Henrique Passos Cardoso
16/02/2014 - 16h19
O que vc acha disto Francisco Belgo?
Lizbeth Klein
16/02/2014 - 02h47
sinal que Barbosa e Gilmar estao incomodando kkkkkkk e isso e bom. :)
Maria Lucia Pastorini
16/02/2014 - 02h29
QUEM NOS DERA…
M Thereza Freitas
15/02/2014 - 23h57
O poder da auto-intitulada “grande mídia” já não é tão grande assim. Se fosse, não teria levado seus candidatos a 3 derrotas consecutivas, Lula não teria deixado o governo com 80% de aprovação, Haddad não seria eleito. Ela pode chantagear uns e outros e fazer algum estardalhaço, pois o que fala na tv, fala no rádio, escreve no jornal e na revista, reproduz em todo o país. Parece que são muitos, mas não são. O judiciário, especialmente o stf, é poder que mais deve seguir normas, leis, estatutos da maigistratura e do servidor público. Seus membros devem ter o comportamento mais discreto possível, pois lidam com a vida, a dignidade, a honra e a liberdade das pessoas. Esses 2, gilmar e barbosa, já ultrapassaram todos os limites do aceitável num magistrado. É tempo de ultrapassarmos as amarars do “poder da mídia”, antes que destruam o país, ao destruírem princípios do estado democratico de direito e instalarem a lei do mais forte (ou que fique melhor na foto).
Penha Bueno
15/02/2014 - 20h54
QUAL O CANALHAS QUE VOTOU A FAVOR DESTES CANALHAS. COVARDES
DrRibamar Som da Pedra
15/02/2014 - 20h43
MIGUEL ESTA NOTICIA É PRECISO SE DISCUTIR.Uma semana após a Justiça de Minas condenar à prisão os médicos Celso Scafi, Cláudio Carneiro e Sérgio Poli, por tráfico de órgãos, o Conselho Regional de Medicina, por unânimes 42 votos, os absolveu de cassação do registro. O trio foi condenado a penas de 8 a 11 anos de prisão e multa de R$ 1 milhão. Em 2000, em Poços de Caldas (MG), retiraram órgãos do menino Paulo Veronesi ainda vivo, que não sobreviveu. Celso e Cláudio estão detidos. Sérgio é foragid
Cesar Nego
15/02/2014 - 20h31
Ei, você aí! Tá conseguindo enxergar agora quem é mesmo a imprensa golpista?
Vinicius Mesqi
15/02/2014 - 19h58
Patricia
Deborah Negrão de Campos
15/02/2014 - 19h34
Grande jurista…..foi meu professor!