A Polícia Federal conduz a segunda operação em menos de uma semana para investigar alegações de um suposto esquema de espionagem ilegal envolvendo a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro. Desta vez, o foco da investigação recai sobre o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ).
Vídeos antigos que circulam nas redes sociais agora ganham destaque, sugerindo a existência de uma Abin paralela e um suposto “gabinete do ódio” durante o governo anterior.
Um desses vídeos traz o ex-ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gustavo Bebianno, que revelou duas semanas antes de sua morte que Carlos Bolsonaro tinha interesse em criar uma “Abin paralela”.
Outro vídeo, datado de 6 de abril de 2020, apresenta o deputado federal Carlos Jordy (PL-RJ), recentemente investigado pela PF por suposto envolvimento na intentona golpista de 8 de janeiro de 2023, realizando uma live ao lado do delegado aposentado da Polícia Federal, Antônio Rayol, que posteriormente concorreu à Prefeitura de Niterói (RJ) contra Rodrigo Neves (PDT).
Ao final da live, sem saberem que estavam sendo gravados, Jordy, Rayol e seus acompanhantes discutiram a existência de uma “equipe do mal” e a produção de “dossiês”, levantando suspeitas sobre uma Abin paralela e um suposto gabinete do ódio.
Rayol questionou se ele havia exagerado, ao que seu filho Pedro respondeu que Jordy ficou desconfortável quando mencionou a “equipe do mal” e a produção de dossiês. Rayol então se defendeu, alegando que havia falado sobre a criação de um “gabinete de inteligência”.
No entanto, seu filho insistiu que o assunto deveria permanecer em sigilo, dizendo: “Não pode falar essa porcaria. Isso é off”.
O contexto da discussão durante a live estava relacionado à possível criação de um “gabinete de inteligência” na Prefeitura de Niterói.
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