Desde o início de janeiro de 2024, as primárias dos partidos Democrata e Republicano estão em curso para determinar os candidatos à presidência dos Estados Unidos.
Estas eleições internas são cruciais para a configuração do cenário político americano, onde qualquer pessoa que atenda às regras constitucionais pode se candidatar, apesar do domínio bipartidário.
Primárias Democratas: Sistema de delegados e superdelegados
Nas primárias democratas, os delegados, escolhidos por eleitores em primárias e caucus estaduais, têm a responsabilidade de votar nos candidatos durante a Convenção Nacional Democrata.
Alguns estados adotam um sistema proporcional de alocação de delegados, enquanto outros seguem o modelo ‘winner-takes-all’.
Em julho, na Convenção Nacional, os delegados votam, e em caso de empate, os superdelegados – um grupo seleto de líderes partidários – decidem o vencedor. O papel dos superdelegados foi revisto em 2018, após críticas internas.
Primárias Republicanas: Sistema baseado em delegados
O Partido Republicano também utiliza um sistema de delegados, semelhante ao Democrata, mas sem a figura dos superdelegados.
Esses delegados são escolhidos em primárias e caucus estaduais e se reúnem na Convenção Nacional Republicana para oficializar a indicação do candidato à presidência. O candidato necessita da maioria dos delegados para ser o escolhido oficial do partido.
Sistema do Colégio Eleitoral: A etapa final
Após a escolha dos candidatos nas convenções, os eleitores americanos participam da eleição presidencial.
Cada estado e o Distrito de Columbia têm um número de votos eleitorais proporcional à sua representação no Congresso. São necessários 270 dos 538 votos eleitorais para conquistar a presidência.
A maioria dos estados adota o sistema ‘winner-takes-all’, onde o candidato com a maioria dos votos populares leva todos os votos eleitorais do estado.
A contagem dos votos eleitorais é realizada pelo Congresso em janeiro, onde o candidato com a maioria é declarado presidente.
Este sistema tem sido criticado por, por vezes, desconsiderar a vontade da maioria do eleitorado, como evidenciado nas eleições de 2016 e em outras ocasiões históricas.
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